terça-feira, 17 de janeiro de 2012

CRISÁLIDA, por João Maria Ludugero

Minha Várzea das Acácias, 
flores, jardins 
arbustos
Vapor
um quintal, um terreiro, 
uma Vargem, um lajedo 
de quina para o rio Joca 
um verdejante coqueiral, 
mulungus, muçambês, fedegosos, maracujás, 
marmeleiros, macambiras e juazeiros... 
E sob um galho dependurada, numa tarde amena 
uma lagarta solta a pele e produz um invólucro, 
uma almofada de seda 
presa por um gancho 
e, dentro da casca, 
uma crisálida a se contorcer.
Um momento lúdico eclodiu, 
movimento perfeito, 
lentamente a crisálida latente 
rompe a casca, abandona sua antiga casa 
e a borboleta sai, voa fora da casca, 
pairando no ar se apresenta, 
faz seu show ao vivo e em cores
para exibir a beleza 
que esbanja ao 
borboletear 
majestosas 
asas!

2 comentários:

kiro disse...

Posso perder-me mil vezes nessa vaga etérea de perfumes suaves!

João Maria Ludugero disse...

Kiro, Quanto perfume que deitas em tuas palavras benditas! Não há como te perderes em nenhum labirinto, posto que o vento abrirá seu espaço a contento e, aliada a ele, de certo, alçarás pleno voo, até fora da asa!
Abraços, João.

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