segunda-feira, 21 de maio de 2012

HORA DO "ANGELUS", por João Maria Ludugero


Quando estou lá
na minha vasta Várzea das Acácias
de ariscos de água doce,
entre o canto do sabiá
e o encanto dos canários de chão 
quando a tarde cai 
sobre o Calango,
eu bebo taças de alegria 
eu voo rasante Vapor a dentro
na cadência das estrelas 
que, afoitas, passam de soslaio,
a mergulhar no açude verde-musgo.
O vento do rio Joca ora me atiça, 
ora me alcança trazendo de repente
o rumor da brisa amena da noite
que me embala de contente.
Embevecido, admiro as duas palmeiras
tal qual vassouras de luz em feixes
varrendo a casa de São Pedro Apóstolo,
sob o badalar do sino da Ave-Maria.

Um comentário:

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Que bonito!
Lembrei-me de minha mãe cantando: "Cai a tarde, tristonha e serena, em macio e suave...(....)..e o sino, saudoso murmura, badaladas da Ave Maria",

Obrigada, por revivar essa doce memória, Ludugero.
Um abraço,
da Lúcia

Minhas Flores desabrochadas

Visitantes do meu Jardim

Pagerank

PageRank

Registrado e protegido

Licença Creative Commons
myfreecopyright.com registered & protected

Design e Estilo