Quando estou lá
na minha vasta Várzea das Acácias
de ariscos de água doce,
entre o canto do sabiá
e o encanto dos canários de chão
quando a tarde cai
sobre o Calango,
eu bebo taças de alegria
eu voo rasante Vapor a dentro
na cadência das estrelas
que, afoitas, passam de soslaio,
a mergulhar no açude verde-musgo.
O vento do rio Joca ora me atiça,
ora me alcança trazendo de repente
o rumor da brisa amena da noite
que me embala de contente.
Embevecido, admiro as duas palmeiras
tal qual vassouras de luz em feixes
varrendo a casa de São Pedro Apóstolo,
sob o badalar do sino da Ave-Maria.
Um comentário:
Que bonito!
Lembrei-me de minha mãe cantando: "Cai a tarde, tristonha e serena, em macio e suave...(....)..e o sino, saudoso murmura, badaladas da Ave Maria",
Obrigada, por revivar essa doce memória, Ludugero.
Um abraço,
da Lúcia
Postar um comentário