quinta-feira, 11 de setembro de 2014

VÁRZEA-RN: UM CAÇUÁ DE SAUDADES, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

VÁRZEA-RN: UM CAÇUÁ DE SAUDADES,
por João Maria Ludugero

Em ti,
Lugar cantado dos lugares,
O acorde de sonho não tem fim,
A saudade lá tem seu início,
A sorte tem seu lugar,
Desde a Marisa ao Umbu
Desde os Seixos, Riacho do Mel,
Desde o Itapacurá às vertentes esperanças novas,
Da Forma aos ariscos de Virgílio Pedro...

Em ti,
Cidade da terna Joaninha Mulato,
Das rodas de conversa sussurradas pelas ruas,
Do pôr do sol, do Recanto do Luar de Raimundo Bento
De frente para a algarobeira
Da praça Kleberval Florêncio,
Das visões, dos projetos, das promessas,
A sorte tem seu lugar a correr dentro e alto
Na seara do Vapor de São Pedro Apóstolo.

Em ti, Várzea de Santina de Ocino,
Poesia clara em regalias,
Tradição pura e presente,
Desde as coalhadas de Seu Tida,
Da carne-de-sol feita por Picica Paulino,
Desde o bolo-preto de dona Carmozina
Aos flandres de brotes e bolo de milho
Da inesquecível e corajosa dona Zidora
Às raivas e carrapixos de Marinam de Lica...
O coração bate mais do que a idade,
E a emoção estala, toda, num repente.
Porque em ti,
Cidade de Ângelo Bezerra,
A sorte tem seu lugar, apesar do estio,
Desde ontem, agora, dia-após-dia.

Em ti,
Por tuas quatro bocas da lida,
O vão do vento ganha rumo,
com a brisa a ganhar o mundo
Que acompanha os meus passos,
E diz-me que em ti
A sorte tem seu lugar.
Porque em ti, só em ti,
A vida és tu, e tu não morres,
Nem hoje, nem nunca,
Por seres, o que és, amada,



Minha Várzea das Acácias!

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