segunda-feira, 6 de outubro de 2014

SINGELOS VERSOS IMPRESSIONISTAS, por João Maria Ludugero

 

SINGELOS VERSOS IMPRESSIONISTAS,
por João Maria Ludugero

Faz algum tempo, lá na Várzea das Acácias, 
meu pai Odilon Ludugero pintou a casa toda de cal branca, 
espairecida dentre energizantes amarelos e verde-cana-caiana, 
repleta de lembranças de um tempo de jardim todo florido em aromas elevados em canteiros de espadas-de-São-Jorge, 
comigo-ninguém-pode, caládios, hibiscos, beldroegas, 
onze-horas e jasmim-manga, 
com detalhes dourados ou alaranjados brilhantes 
pelas platibandas além das quatro-bocas da rua grande,
de alpendre verde-musgo pelas arredores e varandas...
Por muito tempo moramos numa casa
toda caiada e alegre não só de manjar,
como ele mesmo dizia,
constantemente a me ninar em estripulias
desde o amanhecer a correr dentro e alto
na astuta lida pela tarde amena
até chegar o anoitecer iluminado pela possante
e terna estrela Dalva da nossa vida inteira.

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