quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Divina Arte de Ser...


Inteira
Abandonada do mundo
Jogada em teus braços
Envoltos apertados
Em meu corpo.

Sua
Tanto quanto sou minha
E as vezes, um pouco mais
Um tanto mais
Quase mais sua que minha
Inteirinha
Na madrugada insone
Com fantasmas de visita
É no teu peito que me aconchego
E, tola, insisto em esquecer meus medos

Instinto de preservação me grita
PERIGO
Mas daí, te olho,
E vejo tão lindo...

Os olhos que brilham mais
Quando me aproximo
O sorriso disfarçado
Quando me deixo ficar
Solta do teu lado...
Entregue.

Digo silenciosa
Aos meus fantasmas:
-Saiam -
Hoje, quero ter dono
Hoje, não lhes darei ouvidos
Hoje, tenho aqui, esse homem
Que não sei se é meu
E nem tanto me importa
Porque hoje, ele está aqui
Inteiro, entregue,
Meu!

Hoje, trocamos pronomes de posse
Intensidades sem disfarce
Provocações aos montes.

Aos meus fantasmas,
Esses, que me acompanham na solidão construída
Na fingida segurança de existir poderosa
Senhora de mim e quase intocável emocionalmente
Sorrio gentilmente,
Agradeço a companhia
E peço:
- Retirem-se -

Por hoje,
Me dei de presente
Pra essa vida, pra esse cenário
Pra essa gente
- De carne e osso -
Que de fato não sei dizer
Quanto tempo existirá
Mas me regozijo ao ver
Que está, aqui, do lado
Com tudo de mundano

Pode ser que não fiquem pra sempre
Mas existirão inteiros
Na lembrança.
Porque hoje são intensos.

Convenhamos,
A intensidade sabe ser inesquecível.

Minhas Flores desabrochadas

Visitantes do meu Jardim

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