Só sonhando
Várzea,
interior de sonhos acordados;
pra me deixar assim a dar pitaco,
acalentado em lembranças tão presentes,
pra me deixar assim, poeta com sede.
Vou correndo dentro do Vapor, vambora?
pelo retiro de seu Olival me atiro, satisfeito,
banhado em tanques d’água nos lajedos e Seixos.
Rua da Pedra, rua do Arame, rua São Pedro,
Rua Raimundo Rosa, de coloridas platibandas;
Rua grande em velhas paredes caiadas,
onde o tempo desenha versos ao arrebol,
versos que transbordam de um coração tão varzeano,
de corpo inteiro depois que a saudade apeia,
sem amarrar a catraca das horas
que segue seu curso passante
num tic-taqueado sem pressa, solene,
num barulhinho de bica a pingar tantas vezes
nos olhos d'água dos ariscos de seu Virgílio Bento!
interior de sonhos acordados;
pra me deixar assim a dar pitaco,
acalentado em lembranças tão presentes,
pra me deixar assim, poeta com sede.
Vou correndo dentro do Vapor, vambora?
pelo retiro de seu Olival me atiro, satisfeito,
banhado em tanques d’água nos lajedos e Seixos.
Rua da Pedra, rua do Arame, rua São Pedro,
Rua Raimundo Rosa, de coloridas platibandas;
Rua grande em velhas paredes caiadas,
onde o tempo desenha versos ao arrebol,
versos que transbordam de um coração tão varzeano,
de corpo inteiro depois que a saudade apeia,
sem amarrar a catraca das horas
que segue seu curso passante
num tic-taqueado sem pressa, solene,
num barulhinho de bica a pingar tantas vezes
nos olhos d'água dos ariscos de seu Virgílio Bento!