Não careço de camisa-de-força
nem menosprezo a camisa-de-vênus,
mas preciso me vestir
de uma poesia linda,
de uma poesia lida,
de uma poesia advinda,
vinda e vivida, passo a passo
feita da vida nua e crua,
toda assim tecida na lucidez
da minha loucura esplêndida.
Eu preciso de um alvará de soltura,
escrever e ler me solta a cuca,
livro meus bichos, sem algemas.