segunda-feira, 8 de julho de 2013
REENCONTRO AO AMANHECER, por João Maria Ludugero.
De um sonho de primavera,
Acordo antes do amanhecer
Em um mundo repleto
Do canto dos passarinhos.
Chegou-me assim, de repente,
Depois de um tempo de tempestade,
Vento e chuva na terapia eu lembro,
De dez mil flores dentro da minha alma...
Daí perguntei-me quantas
podem ter caído na penumbra.
Mas, sem perder a compostura,
sobrevivi ao pavor...
E, longe da maldição, contento-me.
Deixando-me bem-querer o reencontro.
Afoito, persisto no voo, já atento e reverdecido!
ACONCHEGO por João Maria da Silva.
Já percebi que só o amor desbasta o ego.
Enxuga excessos, delata as mínguas.
Enaltece ânimos ao aconchego.
Transforma as mágoas, destrona arrogâncias
e idealizações patentes. Desmancha certezas
e tece oportunidades, sem medo da cuca pegar.
Esbugalha a autoimagem todinha,
piedade zero, culpa nenhuma.
Só o amor percorre territórios devastados da alma
com a calma necessária para reflorestar um a um.
Dissolve penumbras. Revela o sol
a reverdecer descaminhos,
Destece abruptas máscaras.
Reinaugura a humildade.
Refaz ventania pelas quatro bocas em órbita,
da rua grande até a praça do encontro.
Faz chorar ou sorrir, sem composturas.
Faz tempestade um monte de vezes a dentro,
só pra fazer chegar também o céu azul
um monte de vezes depois!
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