domingo, 9 de fevereiro de 2014

MEMENTO MORI II, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
  
  

MEMENTO MORI II,
por João Maria Ludugero

No cubar da formiga que o calçado esmaga;
Mosca enredada na teia da astuta aranha;
UTI's lotadas de vidas que resistem ou desistem;
Alarido de sirenes de ambulâncias que partem; 
Eis algum 'memento mori' de vasta gula
Eis um ávido açoite que a todos mastiga.

Cada segundo uma abrupta mordida,
Que nos arranca o instante a dentadas.
Dia-após-dia, miríades são devoradas.
Cada vida no adeus de uma piscadela.

Talvez viver não passe de um palco
E o cosmo girante um grande cenário horizonte além
Onde impõe-se que a pálpebra se feche lusco-ofuscada
Como se deslancha e cai no teatro ao desvão a cortina.

ADEUS-SE, por João Maria Ludugero


ADEUS-SE,
por João Maria Ludugero

E na pausa da lida, agora
Eu, astuto - que desfecho 
Já nem sonho mais contigo, 
Mas será que nunca deixo 
De pensar que te esqueci?

Que sigas o teu destino a contento,
Passo a passo, persistas na sina,
Regues as tuas próprias plantas, 
Ames as tuas flores coloridas.
O resto é a sobra ao escanteio 
Advindas de plantas alheias além
De um sol amar-elo em avanço que me nina,
Aos solavancos, dentro da tarde amena!

Estou pronto em acordes de sonhos: 
- Eu fui e ainda sou/estou feliz!
Adeus-se, ainda estou satisfeito sem desatino,
Montado na tal burrinha da Felicidade!

Minhas Flores desabrochadas

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