terça-feira, 4 de novembro de 2014

VÁRZEA-RN: O LIMO EM VERDE-MUSGO DA SAUDADE AGRESTE, por João Maria Ludugero

 
 
 
  
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÁRZEA-RN: 
O LIMO EM VERDE-MUSGO 
DA SAUDADE AGRESTE,
por João Maria Ludugero




Ser sabiá, sanhaço só ou bem-te-vizinho é
Quase sempre estar para a cantiga.
A outra sintoniaAlém de espairecer
Pode ser nossa irmã de sombras.
A afoita asa desfolha o ninho
No verdejante juazeiro a caminho dos Seixos,
Se animando a passar pelo açude do Calango.
Também varzeaniza o galho do cajueiro em flor.
Os benditos pássaros nunca esbaforidos
Assanham-me até os pelos da venta
Ao amortecer as dores do meu coração partido.
Marejo os olhos de saudades,
A correr dentro e alto,
Esfiapando bichos nas nuvens
De São Pedro Apóstolo.
Eu fico de manjar a inquieta lida,
Entretido a observar as duas palmeiras imperiais,
Ao bem-me-apanhar querendo ver o padroeiro
Bem disposto no topo da igreja-matriz,
Sem dar as costas para a rua do Arame.
Assim resplandeço em contemplar atento
O firme espaço que feliz me completa.
A seara agreste me nina ao arrebol
De tanto ser ela arisca ao lusco-fusco.
Com afinco, lembra-me um sorriso astuto.
Além de transpirar ao Vapor de Zuquinha Ribeiro,
Acordo o sonho entardecido ao limo em verde-musgo.
Bonito é que ela me inspira na ávida vertente
Da incansável compostura dos meus singelos versos
Ao ganhar as trilhas da nossa Várzea das Acácias...

Minhas Flores desabrochadas

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