sábado, 11 de janeiro de 2014

SAUDADES DAS NOSSAS FÉRIAS POTIGUARES, por João Maria Ludugero

SAUDADES DAS NOSSAS FÉRIAS POTIGUARES,

por João Maria Ludugero

E a gente nas férias ia à praia de Baía Formosa-RN, 
onde não havia ninguém estranho, 
pois em poucos instantes sabíamos 
até os nomes e apelidos dos pescadores. 
Brincávamos juntos com outras crianças. 
Misturavam-nos cedo com os outros adultos 
em meio a gargalhadas e estripulias a correr dentro.

Aliás, não havia mais adultos nem crianças: 
Éramos um magote de hóspedes da praia. 
Hóspedes da Baía Formosa. 
Hóspedes, na verdade, desse mundo potiguar!
Nós nem víamos o tempo passar, 
mas aproveitávamos a lida até o anoitecer, 
hora de descansar e de deixar que descansassem. 
Iríamos brincar no amanhã novamente. 
Deixávamos para as primeiras horas do próximo dia, 
para que fizéssemos dele algo 
muito parecido com o que foi hoje.

E esperávamos que tudo estivesse ali como estava hoje. 
O Sol, as ávidas crianças, e principalmente, 
essa essa encantada Baía. A Baía Formosa, 
aquela que sempre nos recebia livremente, 
pois éramos um magote de crianças saindo de férias....
Que saudades daquela praia,
das frutas da terra e dos frutos do mar, 
de dar água na boca de qualquer criatura.
Que saudades daquela gente simples
que gostava da gente e das algaravias. 
Que saudades daquele tempo, 
além do horizonte!

MEMÓRIAS DE UM LAR DOCE LAR, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEMÓRIAS DE UM LAR DOCE LAR, 
por João Maria Ludugero

Ontem visitei a casa onde cresci,

onde fiz correr tantas alegrias,
onde sentei na mesa
para fazer as lições de casa.
E quantas saudades senti
da mão da minha mãe Maria,
a segurar a minha para fazer o cedilha.
Ela que me ensinou o ato de contrição
E a rezar para o anjo da guarda,
Ela que sempre foi o próprio anjo a nos guardar.
Ela que era a rainha daquele doce lar.
Tem horas em que até me esqueço
de que ela já partiu para um outro andar.
Eu revi a casa vazia, quase silenciosa,
Um clima estranho, um vão cinzento,
a nostalgia a escorrer pelas paredes nuas
numa última olhada pela sala de jantar
Que agora é tamanha, falta a grande mesa.
A família toda reunida, meu pai, meus irmãos, 
O tilintar da louça, o aroma, a comida.
Quase ouço o vozerio, alarido e festa.
Ora um sentimento de vazio, um arrepio,
muitas lembranças,
sobram-me lágrimas
revela-se amplo silêncio
em cada passo, uma saudade maior.
Lembro-me da casa viva
da sala, do quarto, do jardim.
Quando uma voz me chama à realidade.
É chegada a hora de deixar a casa,
trancar de vez a última porta,
seguir em frente no batente da lida,
adiantar o passo,
sem apagar outras luzes, sem esquecer
Que muito da casa velha,
da sala de estar, da cozinha ao quintal,
da rosa ao jasmim,
muito ainda segue aceso
dentro da vida da gente.

Minhas Flores desabrochadas

Visitantes do meu Jardim

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