domingo, 25 de novembro de 2012

ENTARDECERES EM ACORDES, por João Maria Ludugero


Quantos pores-de-sol eu já perdi de ver? 
Eu gosto dessas coisas, de sentir 
essas cores espalhadas pelo céu aberto.
Eu viajo nessas bonitezas esfiapadas. 
Meu coração parece que fica maior, e vai junto 
quando mergulho meus olhos nesse lusco-fusco. 
Dá uma vontade tremenda da gota serena
de correr e gritar como se estivesse numa dança
ouvindo uma cantiga interior... Várzea a dentro.
Mas pena que muita gente não observa isso não,
quase ninguém pára só pra gostar disso.
Não sabe o que está perdendo.
Francamente, eu acho lindo esse embalo!
Hoje à tardinha parei para ver o sol poente. 
Passei um tempão olhando para a tela celeste, 
sem fazer nada. Daí olhei pro céu e pensei:
Em quantos amanheceres 
deixei de apreciar seus acordes
E em quantos pores-de-sol 
deixei-me levar pela poesia 
dentro daquela saudade 
que me apanhou entardecido?

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