Tem horas em que me acho
Com a poesia na veia.
Centelha, um arder assim faísca
Renascendo desde a raiz do cabelo,
Um flamejar desde os poros,
Pelos pêlos, pela pele, sobrancelhas
Até causar um incêndio em acordes,
Alto e dentro do interior. Até às vísceras.
Imagino como pode uma fagulha
Se imensar de tal eloquente maneira
Chegando a línguas de fogo, labaredas.
Entrementes brilhos ou uma armadilha?
Acendo-me em ideias inusitadas,
Fosforescentes.
Entro nelas em combustão,
Esfumaço ao vapor.
E não tenho receio
De chegar às cinzas,
Entretido num teimoso recomeçar.
Nenhum fosfeno de ter
Qualquer des-razão me atrai,
Porque correr dentro da poesia
Me perfuma a alma,
É mesmo um meio atraente
De a partir do ser
Acontecer em luminosa essência.
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