quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A SAUDADE TOCA REALEJO NA VÁRZEA DA MINHA VIDA, por João Maria Ludugero


A SAUDADE TOCA REALEJO NA VÁRZEA DA MINHA VIDA,
por João Maria Ludugero.

E de tal sorte, é tão doce o som desse realejo que chega trazendo lembranças, momentos que ficaram na memória, vindos de um tempo longínquo, de outras primaveras que vieram carregados de alegrias, ternura, amor que ficaram entranhados em minha alma e que renascem a cada vez que essa tão linda estação chega assim, como hoje, clara, ensolarada, risonha e repleta de flores.

Seja bem vinda, primavera. Chegue com sua elegância, com sua exuberante beleza, chegue trazendo aconchego para a alma, ternura para os corações que ainda sabem sonhar sob o amar-elo sol do interior... E por falar em tempo, sol e flor... No tempo, o desabrochar da rosa, a quietude da alma... 

O tempo!... Ah, o tempo! Essa "entidade" implacável que nunca se detém ou se curva diante da vida, mestre da própria vida, senhor de todas as verdades. Enquanto traz consigo esperança, sonhos, esquecimento, conforto que acalma a alma, paz que adormece um coração partido, carrega em seu rastro manjares de desesperanças, angústias, decepções, mágoas, rancores infindáveis que atormentam a alma. 

E, a par e passo, vai tudo amainando na medida em que vai passando, lentamente...
Sentado aqui, a cubar a lida, no alto das tantas décadas em que fui sendo carregado pelo tempo ou, como preferem alguns, em que o tempo foi passando por mim, vislumbrando ainda a possibilidade de, talvez, dar ao tempo um pouco mais de tempo antes da grande adeus, e numa filosofia vã e inútil, perco-me entre as lembranças que o senhor tempo resolveu guardar em mim...
O Tempo? Ora o tempo traz saudades com afinco! E a danada da saudade ainda toca realejo na Várzea da minha vida, dentro e alto, consentida...

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