segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mudanças

Mudanças - Parte 2
Na primeira parte do meu post, enfatizei que as mudanças são importantes para o ser humano. É preciso se transformar, se reciclar em alguns momentos da vida. Evitamos assim a mesmice, a estagnação. Mudar sempre traz o nosso aprimoramento, seja em qualquer contexto.
Mas somos também um poço de contradições Qualquer mudança implica abrir mão dos nossos hábitos. Sabemos que é preciso mudar, mas ai pinta o sentimento de insegurança: por que sair de um contexto confortável? Para que mexer no que está quieto, no que me proporciona tranquilidade e paz?
Tudo o que fazemos
Por costume
Torna-se vício.
É muito difícil
Desvincularmos desse vício,
Pois na maioria das vezes
Não o fazemos por gostarmos,
Por prazer...
Mas pelo simples fato
De estarmos acomodados
E não querermos sair dessa situação.
A cada nova escolha
Que temos que fazer na vida
Vira empecilho na caminhada
Além de nascer
O sentimento de culpa
Por não querermos
Abandonar o velho
Para abrir as portas para o novo.
E será que vale a pena
Abandonar o velho?
Será que seremos felizes sem o mesmo?
E com o novo?
Seremos felizes?
Esses questionamentos
Começam a surgir
E a nos deixar imparciais,
Inquietos, ansiosos e estagnados.
Quando estes questionamentos vierem
Tenhamos a certeza
É o momento da busca pela mudança.
Não tenhamos medo!
Pode parecer difícil
E até sem volta,
Mas é a mudança
Para a nossa felicidade.
Mariza Araujo Ribeiro.

Muitas pessoas relutam na tão necessária reviravolta benéfica para as suas vidas. Enfrentam uma verdadeira luta entre o lado racional e o emocional. O primeiro lado deseja a mudança, mas o segundo reluta, não quer sair da zona de conforto, porque já lhe é conhecida.
E então por medo, adiam algo que provavelmente lhes traria coisas boas: continuam no emprego desgastante, nos relacionamentos “mornos”, (aqueles onde não existe amor, só acomodação) preferem não mudar de casa, de cidade ou de país, pelo simples receio de ter que enfrentar as conseqüências trazidas com a mudança. Preferem continuar em suas rotinas, a correrem riscos com algo não conhecem profundamente. Algo maior e grandioso: A transformação de suas vidas.
E o resultado é sempre o mesmo: Pessoas infelizes. Acomodadas na opção de não mudar, e insatisfeitas por continuarem com algo ou alguém que não vale à pena.
Não me sinto mudar.
Ontem eu era o mesmo.
O tempo passa lento sobre os meus entusiasmos
cada dia mais raros são os meus ceticismos,
nunca fui vítima sequer de um pequeno orgasmo
mental que derrubasse a canção dos meus dias
que rompesse as minhas dúvidas, que apagasse o meu nome.
Não mudei. É um pouco mais de melancolia,
um pouco de tédio que me deram os homens.
Não mudei. Não mudo. O meu pai está muito velho.
As roseiras florescem, as mulheres partem.
Cada dia há mais meninas para cada conselho
para cada cansaço, para cada bondade.
Por isso continuo o mesmo.
Nas sepulturas antigas os vermes raivosos desfazem a dor,
todos os homens pedem de mais para amanhã
Eu não peço nada nem um pouco de mundo.
Mas num dia amargo, num dia distante
sentirei a raiva de não estender as mãos
de não erguer as asas da renovação.
Será talvez um pouco mais de melancolia
mas na certeza da crise tardia
farei uma primavera para o meu coração.
Pablo Neruda, in 'Cadernos de Temuco'
Tradução de Albano Martins.

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