sexta-feira, 15 de agosto de 2014

MINHA ETERNA VÁRZEA DAS ACÁCIAS, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINHA ETERNA VÁRZEA DAS ACÁCIAS,
por João Maria Ludugero

A Várzea de ontem,
A Várzea de agora,
A Várzea de amanhã
e já será hoje a seara
de Ângelo Bezerra,
quando eu caminhar
dentro e alto além da Vargem
no rumo do que deixei sem cancelas
e do que me largou.à margem
do rio Joca ou do paredão
do açude do Calango,
no brilho de uma renovada esperança
de uma esquina qualquer,
a saudade de certo instante:
casas, ruas, becos e ladeiras
escapam com o tempo ao vento,
mas não as cobre de poeira,
apenas me dá coragem num seguir astuto,
desses de assanhar até os pelos da venta.
Cada dia repete o anterior
de forma diferente;
irrepetível, toda hora
repete outras horas.
Do berço ao túmulo,
apenas o rio Joca retorna o verde ao Vapor,
apesar da devastação do velho coqueiral
e do banho em suas águas
mesmas, conquanto mutantes.
A memória não imita
a cidade reconstruída:
levanta a Cidade da Cultura
de Mateus Joca Chico,
do João Redondo de Pedro Calixto,
das Pastorinhas de Joaquim Rosendo,
de Vira de Lucila de Preta,
de Biga de Ana do Rego,
de Nezinho, Beja, Bita
de Do Carmo, de Nina,
da inesquecível madrinha Joaninha Mulato
e a contempla novamente,
rua da pedra sobre pedra,
rua do arame sem cabrestos
e o Apóstolo São Pedro no topo da igreja
acorda nossos sonhos pelo agreste verde.


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