Nas horas frias, em que as manhãs
se vestem em roupas sem cores
Subo as escadas do sótão da casa,
E passeio em telhados cobertos de gelo.
Das gotas de gelo que respiram no teu olhar.
Nem o teu inverno,
Tua acidez,
Tua escuridão
Tua insensatez
Amargam-me as palavras.
A minha língua,
Agora, solta,
Saboreia os teus frios pensares
Sem se amendrontar.
Agora, os meus versos
Travessos, acesos, inquietos
Chegam de mansinho para me aquecer
De todos os invernos....