VARZEANIDADE: LUDUGERO NO ARRIMO DA RIMA,
por João Maria Ludugero
por João Maria Ludugero
Foi necessária a saudade de sentinela
Pra que o poeta Ludugero inteiro se partisse,
Voltando à trilha da qual nunca se afastou
Pra que o poeta Ludugero inteiro se partisse,
Voltando à trilha da qual nunca se afastou
Seu semblante sereno revela
Uma alma sem sombra ou sequela
De alguém que a seu chão nunca esqueceu
Uma alma sem sombra ou sequela
De alguém que a seu chão nunca esqueceu
A varzeanidade é tal qual uma aquarela
E a seara tão sonhada em cores nos nivela,
Sem importar-se com o medo da cuca
E a seara tão sonhada em cores nos nivela,
Sem importar-se com o medo da cuca
O seu grito nos abriu porta e janela
Convocou cada um a dar sua parcela
Pra cessar todo esmorecimento e dor
De um sentimento empurrado pela goela
Saudade que maltrata e flagela
Capaz de qualquer coisa pra ter cor
Convocou cada um a dar sua parcela
Pra cessar todo esmorecimento e dor
De um sentimento empurrado pela goela
Saudade que maltrata e flagela
Capaz de qualquer coisa pra ter cor
Só o amor toda penumbra desmantela
Mesmo frágil como chama de uma vela
Traz toda paz e desfaz a tristeza
Sua poesia o elevou sem cancela
Sua voz não se cala, soa tão bela
E ecoará alumiando em todo alvor
Mesmo frágil como chama de uma vela
Traz toda paz e desfaz a tristeza
Sua poesia o elevou sem cancela
Sua voz não se cala, soa tão bela
E ecoará alumiando em todo alvor