segunda-feira, 12 de setembro de 2011

NUNCA FUI SANTO!


Autor: João Ludugero

Movediça, buliçosa e
Até mesmo quando 
Mal-ajambrada,
Minha língua corre solta
A chafurdar os céus abertos
A se entranhar pela Poesia solta
Pelas quatro bocas ansiosas
A ganhar o mundo.
Longe de mim querer ser cabotino!
Lúcido e desatinado, prossigo ávido,
Ensimesmado nessa impermanência
Que me atém por todos os lados. 
Acaranguejado, de banda desando.
A penetrar tua alma  ao meio, de volta,
A queimar pelo avesso os tédios, de súbito,
Discorro em teus lábios de ardente cometa. 
Perdido me acho, sem pudor  
A desbravar umbigos e rasgar versos
Achados nos meandros animados
Dos verbos blindados, cautelosos, 
reinventados à toda prova
Na sisudez das palavras-balas 
Que o coração lapida em frente e verso,
Quando insiste em me atirar aos ombros
O peso da cruz do ego alterado
Que carrego toda vez
Que me pego a caminhar sem prumo
Pelo vão minado da tua boca pagã,
Justo eu que nunca fui santo, me entrego afoito, 
Corro o risco de virar estátua, fico cego e surdo,
Pareço mais ter olhos de vidro, divago pecador 
Ao mirar tua retina metamórfica,
Ao passo que acabo por me achar atado 
Numa potente camisa-de-força, 
Seduzido que sou pela promessa 
Que emana desse teu olhar de vênus,
Ou seria de medusa? 

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