POEMA À AMIGA CARMEN FIRMINO,
por João Maria Ludugero
Toda vez que
Estou no parque em Brasília
E ela passa
Lembro-me da Carmen perseguida,
No seu compasso firme de garça,
Todo parque se disfarça entretido
Em farta passarela da lida
Tudo pira tudo paira animado
À sua espera espairecida
Do pedalar da sandália
Ao lusco-fusco da estrela!
Sopra o verde
Sopra o parque
Sopra o tempo
Sopra a moda
Sopra a alma da flor,
Só para ela em lilás firmeza.
Mas toda vez que ela parte,
E o coração se desmantela...
Zás! Mas ainda não se foi,
Sua beleza ainda impera…
E a vida continua a seguir,
De sentinela!