domingo, 4 de novembro de 2012

O POTE, por João Maria Ludugero


Eu tenho um coração,
Um pote rachado, que ainda serve
Para guardar água boa de beber,
Potável água fresca: o Amor,
Vertente de uma cacimba na seca,
Olho d'água que afasta a sede, 
Nutre e oasismeia-me 
Pelos caminhos desertos
Por onde tenho andado.
É essa água que ainda me sobra
Que umedece o peito recauchutado,
Que mesmo minguada, supre e tem me dado
Alguma vazão que a esperança assopra.
Meu coração, esse pote fantástico,
Assim retocado, de quebra no estio,
Guarda em seu bojo, precioso líquido
Que me dá ânimo quando a mim perpassa.
Néctar divino, líquido sagrado a escorrer na veia,
Que eu não o tenha à míngua por descuido.
Nunca me falte, mesmo sendo escasso,
Que me poupe a vida de morrer vazio.

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