quinta-feira, 27 de junho de 2013

PELO INTERIOR DA MINHA VÁRZEA, por João Maria Ludugero.


Estou longe pensando nela, cá dentro,
meu coração de menino varzeano
bate forte como um sino de igreja
que anuncia procissão de São Pedro.
ê minha rua grande meu povo
ê gente que mora lá nos arredores
às margens do rio Joca,
vivendo a escutar o canário da terra
na cantiga pelo chão de dentro da Várzea.

Lembro do sorriso de Ana Moita
a curar as dores de quem ali vive,
Maria não se perdeu a buscar o riacho do Mel
Marivam de Lica atiça as regalias e os brotes,
fumegam as doces cocadas, 
os sequilhos e o bolo preto
E esse menino crescido
que tem o peito ferido, revirado,
repleto de saudades do Vapor de Zuquinha.

O sítio do Retiro de seu Olival de dona Penha
ainda batuca no meu tempo de brincar...
Já me vou embora tomar banho de rio.
Ê rio, é riachão dos Marreiros,
passando pela rua da pedra
até agora eu chego lá 
às quatro bocas da rua,
agora por aqui estou a me ninar,
com vontade de abraçar 
dona Anatilde, mãe da amiga Tereinha Tomaz
e a dona Neve Mulato, filha da madrinha Joaninha,
e eu vou e volto para matar toda essa saudade 
de ficar sentado no banco de Nina.
Ê São João, ê Bita Mulato, 
ê rua que leva ao Riachão.

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