sexta-feira, 10 de outubro de 2014

LUDUGERÁVEL MENINO MEDONHO, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
LUDUGERÁVEL MENINO MEDONHO,
por João Maria Ludugero


Exijo-me astucioso
A correr dentro da lida
A desentristecer promessas
Pelo vão das bermas interiores,
Caçando-me arteiro e medonho
Eiras, leiras e algibeiras de mim mesmo.

Igualdade repleta
De mera assombração
Infinitamente dispersa
Ao arrepio da pele despida
A me assanhar até os pelos da venta...
Contemplo a tarde amena incompleta,
Onde me exijo Ludugero menino maduro,
Eivado de urgência essência incandescência
A partir de lumes de pirilampos em penumbra,
Enquanto eufórica a dama-da-noite ainda me nina.

VARZEAMAR II, por João Maria Ludugero


VARZEAMAR II,
por João Maria Ludugero

E no manjar da lida,
Pouco se perdura:
Tudo solavanca
Além do chão-de-dentro
Tudo avança ao sol
Além do topo da Várzea
De São Pedro Apóstolo.

Tudo é pressa pura
Tudo se acaba na cheia do céu
Que propicia gotas de chuva em leiras
Que se perdem no Vapor de Zuquinha:
Além dos Seixos, Lajedos, Lagoas Compridas,
Vertentes Ariscos da Forma ao Itapacurá
Dos Cunhas, de dona Julieta Alves e do Tio João Pequeno...

E o que mais se atura ao léu,
Tudo a correr dentro e alto
São as nuvens esfiapadas,
O arco-íris e os vaga-lumes
Dos acordes da estação do estio
Dos meandros do Riacho do Mel
O mais cai na lida astuta agreste,
Revigora-se na peleja da árida sina
No verde-musgo em lavra de letras
Dentro de eiras e bons ares do poema
Que adocica a vida a partir dos tamarindos,
Lilas, limões, pitangas, cajus e dos cajás-mangas
Do sítio do Maracujá de seu Wandick Lopes e Sua Melisinha...

Minhas Flores desabrochadas

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