quarta-feira, 20 de novembro de 2013

VIA COSTEIRA, por João Maria Ludugero

VIA COSTEIRA, por João Maria Ludugero

O mar respira em Natal,
Um pulmão que não é meu
Ouço inchar-se no litoral,
Vasto se derrama na areia,
Devolvendo-se, por inteiro, sem regra,
De todos os lados, de cabo a rabo,
Esbugalhando-se na via costeira
Num perigoso acesso: — Nós
Não temos história e, ainda
Que tivéssemos, nada é nosso
Nesta cidade do sol, de números,
Cifras ao meio, senhas sem milagre,
Nada é nosso, muito menos tudo
Neste corpo que se banha insosso
Em inenarráveis promessas ao desvão
E se encanta com as sílabas dispostas
No ofuscante azul que reforça o oceano, 
Sou feito rio a desaguar em profundo murmúrio vertente 
Que espera seu arremedo aos berros e beiras
Com eterna paciência na careca do morro

Da bonita e colossal Ponta Negra!

BANHO DE RIO, por João Maria Ludugero



BANHO DE RIO,
por João Maria Ludugero.

Que maravilha mergulhar num rio
Ir dentro do rio a nadar, a brincar na lida,
A observar o mundo que nos circunda 
A começar com as águas que se vão 
E nos fazem seguir na total brincadeira 
De que somos únicos, mas não sozinhos; 
Uma agitação a correr dentro e alto
Que leva à tomada de consciência
De nós e da natureza que nos inspira a vivê-la.
Natureza esta que precisa ser preservada e o
Sentido da proteção das águas dos rios e do verde 
Deve ser implantado e, comigo foi assim, 
Ao mergulhar minha vida, desde sempre, 
A partir da velha infância no rio Joca, 
Bem lá na Várzea das Acácias!

Minhas Flores desabrochadas

Visitantes do meu Jardim

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