sábado, 28 de janeiro de 2012
ALUCINAÇÃO, por João Maria Ludugero
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
DEUS - Segundo Baruch Spinoza
Baruch Spinoza (Filósofo holandês do Século 17)
O que Eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a Minha Casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Ali é onde Eu vivo e aí expresso Meu amor por ti.
Pára de Me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não Me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver Comigo. Se não podes Me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho.... Não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em Mim e deixa de Me pedir. Tu vais Me dizer como fazer Meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de Mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem te irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de Me pedir perdão. Não há nada a perdoar.
Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que Eu pus em ti?. Como posso te castigar por seres como és, se Eu Sou quem te fez?
Crês que Eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te maipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida, que te estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a única que há aqui e agora e a única que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois da vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não.
Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste.... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em Mim - crer é supor, adivinhar, imaginar.
Eu não quero que acredites em Mim. Quero que Me sintas em ti.
Quero que Me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho de mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrecem que Me louvem. Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de Me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre Mim.
A única certeza é que tua estás aqui, que estás vivo, e que que este mundo está cheio de maravilhas.
Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações?
Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro.... aí é que estou, batendo em ti" .
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
CLAVOS EN LA CERCA
domingo, 22 de janeiro de 2012
Sementes do pensamento
sábado, 21 de janeiro de 2012
'BRABULETA EM FULÔ', por João Maria Ludugero
do agreste, toda brejeira,
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Labirintos e Divagações
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
CRISÁLIDA, por João Maria Ludugero
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
FRENESI, por João Ludugero
excitação e desejo
reviro-me do avesso
faço das tripas, coração
desmuniciado menino,
persisto na lida,
seco a te lamber
vidrados em ti,
só te quero inteiro
me (m)olho, eira e beira
disposto, não me contento
com migalhas,
mergulhando fundo,
regalado a rigor
em êxtase e delírio
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Des-compasso by @RosamariaRoma
A ESTAÇÃO DOS PERIQUITOS, por João Ludugero
espetáculos do entardecer
ocorria lá no jardim
da minha Várzea das Acácias.
Via-se ali uma frondosa algarobeira,
que era alvo do revoar e do pouso
de periquitos em festiva algaravia,
enfeitando mais e mais a linda copa
formada por galhos verdejantes.
Eram tantos os periquitos
que até se confundiam
com as folhas que ficavam a dançar com eles.
Sem dúvida, um espetáculo raro!
Inexplicavelmente, porém, ouvi um dia,
um barulho de motosserra a cortar alguma árvore.
Não percebi que caía despedaçada a árvore
destinada ao insubstituível pouso dos periquitos.
No dia seguinte, ao mirar o céu em frente da minha casa,
notei um vazio. Havia céu demais...
Esperei o novo entardecer e tristemente constatei:
os periquitos chegaram,
rodopiaram estonteados e logo sumiram.
E nunca mais voltaram para nos encantar
com aquele maravilhoso e gratuito visual
propiciando um momento ímpar de admiração
e reflexão sobre a importância do ecossistema acolhedor
de nossas casas e da “estação” dos periquitos!
Que pena!... Jogamos a sorte fora!...
A árvore predileta dos passarinhos tornou-se lenha.
Onde andarão os nossos artistas verdinhos
que nada nos cobravam pelo show ao vivo?
E a frondosa árvore-estação-dos-periquitos
foi cortada como se corta
um galho seco e desimportante.
Mas... Alto lá! Isso não passou de um sonho.
Eu acordei e corri ao encontro da praça
belisquei-me, só pra ver
que tudo não passara de um pesadelo:
A algarobeira estava lá, digo continua de pé,
verdinha em folha,
repleta de verdes periquitos. Que maravilha!
Daí eu chorei de contente, satisfeito em contemplar,
ao ver de perto a força do encanto de dádivas
que nos completa a natureza-mãe!
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO
Agradecemos-te Senhor.
Pela glória de viver.
Pela honra de amar!
Muito obrigada Senhor, pelo
que me deste, pelo que me dás!
Muito obrigada pelo pão, pelo ar, pela paz!
Muito obrigada pela beleza que
meus olhos vêem no altar da natureza!
Olhos que fitam o ar, a terra e o mar.
Que acompanha a ave fagueira que corre
ligeira pelo céu de anil e se detém na terra verde
salpicada de flores em tonalidades mil!
Muito obrigada Senhor, porque eu posso ver o meu amor!
Diante de minha visão, pelos cegos, formulo
uma oração: Eu sei que depois dessa lida, na
outra vida, eles também enxergarão! Obrigada
pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus
Ouvidos que ouvem o tamborilar
da chuva no telheiro, a melodia do vento
nos ramos do salgueiro, as lágrimas que choram
os olhos do mundo inteiro. Diante de minha capacidade
de ouvir pelos surdos, eu te quero pedir, eu sei que depois
desta dor, no teu reino de amor, eles também ouvirão!
Muito obrigada Senhor, pela minha voz!
Mas também pela voz que canta, que ensina
que alfabetiza
Que canta uma canção e teu nome
profere com sentida emoção!
Diante da minha melodia quero te
rogar, pelos que sofrem de afazia,
pelos que não cantam de noite e
não falam de dia.
Eu sei que depois desta dor, no teu
reino de amor, eles também cantarão
Muito obrigada Senhor, pelas minhas mãos!
Mas também´pelas mãos que oram, que semeiam,
que agasalham. Mãos de amor, mãos de caridade,
de solidariedade. Mãos que apertam mãos. Mãos de
poesia, de cirurgia, de sinfonia, de psicografias...
Mãos que acalentam a velhice,
a dor e o desamor!
Mãos que acolhem ao seio do
corpo, um filho alheio, sem receio.
Pelos meus pés, que me levam a andar
sem reclamar. Muito obrigada Senhor,
porque posso bailar!
Olho para a terra e vejo amputados, marcados,
desesperados, paralisados... Eu posso andar!!!
Oro por eles!
Eu sei que depois dessa expiação, na outra
encarnação, eles também bailarão
Muito obrigada Senhor, pelo meu lar!
É tão maravilhoso ter um lar... Não importa
se este lar é uma mansão, um bangalô, seja
lá o que for!
O importante é que dentro dele exista amor!
O amor de pai, de mãe, de marido
e esposa, de filho, de irmão...
De alguém que lhe estenda a mão,
mesmo que seja o amor de um cão,
pois é tão triste viver na solidão!
Mas se não tiver ninguém para amar,
um teto pra me acolher, uma cama
para me deitar...mesmo assim, não
reclamarei, nem blasfemarei.
Simplesmente direi:
Obrigada Senhor, porque nasci.
Obrigada Senhor, porque creio em ti!
O VÃO DO MOLEQUE : DE TRAVESSEIROS, TRAVESSURAS E TRAVESSIA, por João Maria Ludugero
brincando no travesseiro do dia
é pena que voa bem alto,
é vento que sopra vadio
poema menino moleque,
ora bolas! é rima
que salta sobre rolimãs
é lima da terra, é limão, é pé de romã
carregadinho pomar de laranjas,
que abunda, chispa e ilumina,
é mais que um segredo escondido às claras
rimando de tanto brincar no redemoinho
menino levado da breca, sapeca e arteiro,
com sua mania de tanger versos,
que não dorme a planejar travessuras
que vai recriando em fantasias diversas
lançando-se bem alto, em órbita,
achando-se na rota de quebrar o pote
que pulsante grita: sou poeta!