sábado, 7 de dezembro de 2013

VERSOS DO EU-BEIJA-FLOR, por João Maria Ludugero

João quebra cabeça em flor
VERSOS DO EU-BEIJA-FLOR,
por João Maria Ludugero.

Os versos que ainda não teci, 
Alcancei-os, beijando a flor,
Pétala por néctar com afinco
Nos canteiros róseos da lida,
Antes de adejar o céu da tua boca.
Quem os abrirá, em flor, 
Quando vier a Primavera?
Quando eu for apenas saudade despetalada? 
Espectro de brisa morna a serenar o porvir?
Aguaceiro de aromas disperso 
Em quintal ermo e longínquo?

FRUTOS DO INTERIOR, por João Maria Ludugero

FRUTOS DO INTERIOR, 
por João Maria Ludugero.

Olá, criatura do interior,
Meu nome na tua boca
A poetizar verdades
Dentre sorrisos e olhares
Bem-me-querendo a entrar pela porta,
Avançar pela boca de beijar à janela
Com açúcar ou mel do riacho de Pasqualino.
Fale-me já sobre algo que não me excite medo da cuca,
Que me exercite os acordes no meio da madrugada
A me elevar o gosto ao céu da boca…
Fazendo todas as estripulias de menino medonho. 
Andar, correr dentro da lida em artimanhas
Sem evitar meu nome Ludugero
Por conta da casa do bem-estar, 
Deixar-me avançar pela Várzea de Joaninha Mulato,
Acertar o compasso pelo Retiro de Seu Olival,
Apreciar manga-rosa e caldo de cana-caiana,
Com bem-te-vizinhos na varanda,
Mais juntos que individualmente.
Não diga nada além da precisão,
Pois sempre penso muito nas coisas
Até que seja renovado em esperanças;
Provar pra todos que guardo saudades,
Sem carecer de ter que pagar o intento
E bem viver assim pela Várzea a dentro!

VÁRZEA-RN: MINHA GRANDE CIDADEZINHA, por João Maria Ludugero

VÁRZEA-RN: MINHA GRANDE CIDADEZINHA, 
por João Maria Ludugero


Os versos que faço a Várzea
São letras cheias de vida,
Gotas de contentamento,
Que jorram d’uma cacimba,
Que atende por pensamento.
Cada verso que germina
Me transporta lá pra terra
Que a minha estrofe ilumina
Dando luz ao argumento.
São feitos assim de jeito 
A descambar pra saudade,
A marejar meus olhos d'água
Se derramando no peito...
Não me canso de dizer:
Eu te amo, 

Minha Várzea!

PRINCESA JORDANA MAJELLA, por João Maria Ludugero


PRINCESA JORDANA MAJELLA,
por João Maria Ludugero. 

Apenas um único cacho dos teus cabelos, 
Oh, menina, valeria fortunas
No mercado da minha seara.
É castanho dourado? é ônix? é prata? 
Que seja um misto de tudo, 
E encha as minhas mãos arteiras.
Cacho atrás de cacho resvala intenso castanho 
Por entre o cobre dos dedos
E cai aos meus pés descalços.

E o que te deixo, em troca, Jordana Majella? 
Apenas uma bênção, uma trova, uma cantiga 
Uma bênção bendita alvorecida na lida a contento
A partir da iridescência dos teus olhos acordados.

LUDUGERO, COLIBRI EM ACORDES DE ESPERANÇA, por João Maria Ludugero

colibri JM
LUDUGERO, COLIBRI EM ACORDES DE ESPERANÇA,
por João Maria Ludugero.

Ventos serenos do chão de dentro,
Que arrebata tempos que uniam o teu e o meu pensar,
Que se viram infinidade do horizonte além,
Onde o Ludugero da paz doou valores a alguém,
Por palavras da terra e de açúcar a adocicar.
E giram, giram esses moinhos de outrora,
Com o vento a dançar nos nossos sonhos rindo,
Com ternas melodias consentidas em trovas a clamar,
Nos tempos remotos daquela paixão,
Que insistimos em querer largar.
E empurra para nós os tempos desse Vapor,
Negando a paz, a calma e o amor,
Tocados nos confins com muita temperança,
Onde não tememos essa leva de pujante despertar,
Escolhendo lembranças que nos geram tanto calor,
Assim avançados em acordes de esperança nova.

O BALANÇO DO LUDUGERO, por João Maria Ludugero.

O BALANÇO DO LUDUGERO,
por João Maria Ludugero.



No quintal da minha casa
tem uma velha mangueira frondosa e verde.
Nela há um balanço feito de um pneu usado
há muito tempo dependurado
num braço da árvore
por espessa corrente.
Sempre que sobra tempo,
Eu vou lá a sentar no balanço,
subo, desço e faço um balanço da vida.
Recordo-me de instantes ali vividos,
das pessoas que cresceram comigo
E que tiveram que seguir outros rumos
E de tantas que já não mais voltam,
uma vez que se foram balançar noutro plano.
Eu continuo meu balançar
Pra cima e pra baixo,
Alegre brincando, encantado,
Sem vontade de parar tão cedo.
E assim vou levando a sina,
não com a barriga, mas com a vontade
de fazer bem feito a lida,
conversando cá com versos
que me ajudam a empurrar
meus sonhos desde criança.
E ora adulto não me sinto inválido,
não me canso desse eterno balanço.
E vou vendo esse filme passar,
a sorrir, chorar ou vice-versando,
sem me preocupar com a menção da crítica,
Vou decorando as próximas cenas.
E que venha o sol irradiar seus flashes
sem me furtar as cores
que vão e que vêm a cada capítulo
minha vida toda enfeitar
nesse balanço tão vívido,
de levantar a alma leve e solta,
sem escapulir de mim,
dando-me corpo à liberdade!

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