Autor: João Ludugero
No alto do abismo,
Eu me apassarinho,
Esvoaçante me arribo.
Pego a direção dos ventos
Numa pétala roubada
Da rosa dos ventos.
Dou espaço ao tempo
Pego a direção dos ventos
Numa pétala roubada
Da rosa dos ventos.
Dou espaço ao tempo
Que não me cerca
Com esperanças novas.
Com esperanças novas.
Não lamento a sorte
Nem o ermo roteiro, de certo
Nem a asa baleada me dói.
Eu consigo alar-me a céu aberto.
Nem o ermo roteiro, de certo
Nem a asa baleada me dói.
Eu consigo alar-me a céu aberto.
Eu sigo nas asas de um cantar mavioso
A buscar meu norte.
A buscar meu norte.
Ao me achar bonito, não me furto a cores,
Apenas afugento a dor por encanto.
E o canto me revigora por dentro,
Desde a hora em que a aurora
Me abre os olhos
Cedo eu madrugo a sonhar,
Apenas afugento a dor por encanto.
E o canto me revigora por dentro,
Desde a hora em que a aurora
Me abre os olhos
Cedo eu madrugo a sonhar,
Cuido de ganhar o mundo
Sem medo dos choques ou atritos
Quando pouso nos fios dos postes,
Atento nas luzes postiças, de sorte,
Acendo meu canto a me orientar,
Por mais que haja sombras,
Estufo o peito de contente.
E o amor me escuta de longe.
E o amor me abre um clarão,
Apesar do escuro da mata,
O amor não se expira nunca,
O amor me restaura as penas,
Porque o amor me rapta
Para um ninho seguro.
Sem medo dos choques ou atritos
Quando pouso nos fios dos postes,
Atento nas luzes postiças, de sorte,
Acendo meu canto a me orientar,
Por mais que haja sombras,
Estufo o peito de contente.
E o amor me escuta de longe.
E o amor me abre um clarão,
Apesar do escuro da mata,
O amor não se expira nunca,
O amor me restaura as penas,
Porque o amor me rapta
Para um ninho seguro.
E a flor/esta não me fecha sozinho,
Pois me dispara afetos e avenças
A inserir-me em coro
De outros passarinhos
A inserir-me em coro
De outros passarinhos
De bicos afinados
Em airosa cantiga,
Rumo a outros paradeiros.
Em airosa cantiga,
Rumo a outros paradeiros.