quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Flor da Pele


Revejo nossas fotos.
Vestígios de um passado ainda muito presente em mim.
Imagino, ou pelo menos tento,
Se você continua com o mesmo jeito de sorrir.
Se ainda tem aquela velha mania
De captar poesia
Em tudo que olhava:
Nas nuvens, estrelas,
Nas pedras do nosso jardim.
Colocavas versos até no meu jeito de andar.
“Teu andar é displicente.
Andar que acende a minha vontade
De querer interromper teus passos,
Apenas para te abraçar”.

E da minha janela, entre uma foto e outra, vejo pessoas.
Pessoas à flor da pele.
Apressadas, emudecidas
Entristecidas, apagadas
A carregar o peso de um olhar vazio.
De sonhos e de realidade
De dúvidas e ansiedade
Presas num espaço amplo
Dentro de um mundo pequeno
Pessoas que se perguntam
Se o amanhã será igual ao ontem

E a tarde se vai
E a noite vem
Com suas estrelas e lua
E vazia fica a rua
Sem ninguém
Para ver mais

Minhas Flores desabrochadas

Visitantes do meu Jardim

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