A rua grande fica estreita
Tanta beleza enobrece
O povo todo em festa
De olhos arregalados
Brilhantes de alegria.
Não há quem resista
O boi-de-reis vai chegar...
Bailado popular tão bonito,
cômico-dramático-animado
Em folguedo organizado
Misturando personagens
Humanos e animais fantásticos.
E se levanta aquela sincronia colorida
Sob espelhos, olhares e fitas
Alumiados por candeeiros e cantigas,
O Boi vai girando sem parar, a dançar
O Cavalo Marinho arriba a crina,
Encantando nossa gente varzeana
Entre velhos, moços meninos e meninas,
Num majestoso cortejo da cultura
Em seu frenesi que l
eva todos
A aplaudir de pé
A coreografia
Da morte e ressurreição
Do Boi que foi morto
Apenas pra satisfazer
Um prazer d
e Catirina.