quarta-feira, 17 de junho de 2015

SÉRIE: RELICÁRIO DA VARZEANIDADE, por João Maria Ludugero


 
 
 
 
 
SÉRIE: RELICÁRIO DA VARZEANIDADE,
Autor: João Maria Ludugero


Eu, terno menino poeta João maduro Ludugero,

Bem sei que trago no coração uma saudade sábia,
Feito menino levado da breca, sou de assanhar
Até mesmo os pelos da venta ao Vapor,
Pelas quatro bocas dos Seixos aos Ariscos de Virgílio Pedro,
Do Maracujá ao Umbu das jacas, cajus e dos cajás-mangas,
Pelas casas-de-farinha do Itapacurá de Tio João Pequeno
E do carrego de pitombas de dona Julieta Alves,
Pelas Formas a encontrar o Gado Bravo,
Pelas macambiras do Gravatá à Lagoa Comprida,
Da beira do rio Joca ao açude do Calango,
Pelas trilhas da Várzea dos Caicos, dos Marreiros,
Pelas renovadas esperanças de dona Tonha de Pepedo,
Deixando as coisas passarem,
A andar, a correr dentro e a voar alto
Como se não passassem pela seara
Da inesquecível madrinha Joaninha Mulato;
Livrando-as do vão do tempo.
O caminho está construído com afinco
E eu permaneço em contínuo desafio,
Salvando a sua essência num legado
Da mais plena e pura varzeanidade.
É a única maneira, aliás, de lhes dar permanência,
Ou seja, imortalizando-as no fundo do peito
Num singelo e esplêndido relicário de amor
À bonita terra agreste de Ângelo Bezerra.

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