sábado, 3 de novembro de 2012

COM AS PENAS DAS TUAS ASAS, João Maria Ludugero


Confesso:
Escrevo poemas 
até em papel de pão, 
escrevo com giz no chão, 
poemas de dentro,
crio, invento, recrio,
dou corda à alma, recreio.
Com as penas das tuas asas
persigo meu intento, realizo
assim afoito, livre, leve e solto
adivinho a sorte, de sentinela 
ao abrir papel ao vento no realejo...
Escrevo sem laços ou algemas,
sem cabrestos nem celas,
nem gaiolas, fojos ou alçapão.
E por falar em penas, 
ensaio voo rasante 
só pra chegar ao céu 
da tua boca ardente. 
Sei que há pássaros raros 
libertos em meu peito
São assim feito poemas 
abertos num livro divino 
escrito para seres humanos...
Na dança de Deus, canto em êxtase
e tiro Deus pra dançar junto.
Sou a palavra cantada, toada ao luar,
divina cena, espetáculo ao vivo
no palco de mover o mundo
de todos os lados e telas.
Eu faço poemas nas nuvens,
danço com nimbos, 
faço chover e estio.
Danço com a lua e suas pratas, 
louco e lúcido, 
depois de tantos sóis, 
giro o mundo
e ganho o aplauso das estrelas.

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