A mulher que em mim habita
Habituou-se a ser ilha
Sem outros habitantes
Recebendo eventuais (e poucos) visitantes
Esta mulher que me habita
Guarda em mim também,
Menina.
Travessa, linda, solta
Vadia
Mulher e menina
Encontram-se na vida
Transformam certezas
Transbordam emoções
Menina e mulher
Vadias, livres, donas de si
Vivem juntas suas alegrias
De mãos dadas, saltos altos
Sentem medos e dão risada
Gargalhadas.
Trabalham
Viajam
Brincam
Vivem
Surpreendem-se!
A mulher já não é ilha
A menina já não tem medo.
Seguem juntas
De mãos dadas
Andarilhas curiosas
Nessa aventura sem fim
Que chamam
VIDA.