O AÇUDE DO CALANGO,
por João Maria Ludugero
por João Maria Ludugero
Eu vi o açude.Eu sei que o Calango é bonito,
Eu sei que ele é simples, é singelo.
O Calango sempre me importou,
Desde a velha infância
Quando minha avó Dalila
Me levava a tomar banho
De cuias, bacias, potes e latas
De óleo Benedito...
Eu vi o açude do Calango.
O Calango tem água verde-musgo.
O açude é singeloE calmo também.
Na forma de cores da tarde amena
Que explode o agreste verde em laranjas,
O Calango brilha ao lusco-fusco
Que me arde e me nina,
O Calango se pinta a partir de essências
De todas as cores da Várzea das Acácias.