Dentro da agitação do dia
A voraz aranha tecia alto
A sua rede esfuziante
À espera da presa ouriçada
E depois, dormia...
Com cara de inocente,
Na calada da penumbra
A aranha se assanha que sonha,
Desejos tecia à torta e à direita,
De todos os lados,
De banda ao desbunde...
E em sua rede vislumbrada
Encontra o louco amante.
Depois, o prendia sem trégua,
Em seus gemidos dilacerantes...
Abraços, laços e…desates
Ao final, na conjectura do amor
Em êxtase, a aranha arteira,
Docemente, só ria, medonha!