domingo, 11 de setembro de 2011

Amor em quatro atos.

     Por: Francisco Diniz                                                      
                                                                 
Primeiro ato:


Ele acorda e antes de levantar-se de sua cama sussurra ao ouvido de sua mulher bom dia dando-lhe um leve beijo.


Ela espreguiça-se lentamente e puxada por ele vão juntos ao banho, tomam juntos café da manhã passando a agenda de mais um dia de obrigações.


Então saem juntos, pegam o elevador e antes de entrarem cada um em seu carro beijam-se com ternura desejando para ambos um ótimo dia.


O dia vai passando e várias vezes se ligam dizendo o quando se amam e como esperam que o dia passe rápido para a noite estarem juntos.


Segundo ato:


Terminado mais um dia de trabalho vão para casa sonhando chegar e encontrarem um ao outro. Em casa ela adianta o jantar, corre para banhar-se e colocar uma roupa leve e fresca onde suas curvas ressaltem deixando amostra apenas o que a imaginação poderia ver.


Ele chega lhe dá um beijo, corre ao banho e coloca uma roupa confortável indo em seguida ao jantar onde conversam sobre o que aconteceu durante o dia e ambos se comem mais com os olhos que propriamente o jantar, um mero detalhe.


Por baixo da mesa seus pés se alisam e suas mãos se tocam em carícias sensuais toda vez que um passa um prato para o outro. Suas bocas se desejam mais que propriamente a comida que comem.


Terminado o jantar levantam-se e sentam-se no sofá onde tentam ver televisão sem sequer saberem o que se passa nela, pois o verdadeiro capítulo da novela se desenrola nas carícias embaladas por beijos e sussurros ao pé do ouvido.


Ali e sem pudores começam a se entregar ao prazer e suas roupas vão sendo deixadas pelo chão, agora embalados pela música estrategicamente colocada para abafar seus gemidos e desejos.


Beijam-se suavemente e depois com volúpia frenética com suas mãos desenhando seus corpos agora nus em toques delicados que viajam por caminhos a muito conhecidos, mas sempre cheios de novidades permissivas.


Terceiro ato:


Saem alucinados esbarrando nas paredes indo à busca do quarto e da cama onde deitados rolam se completando em carícias cheias de desejo e com ambos procurando dar ao outro o que bem sabem que gostam.


São minutos que parecem horas e incansavelmente se deliciam nos carinhos, beijos, toques e detalhes de um amor vivido a dois. Até que quase extenuados chegam juntos ao clímax tantas vezes conseguido após tantas noites de amor cúmplice e permissivo.


Quarto ato:


Continuam abraçados ofegantes sem se desgrudarem e lentamente se põem um ao lado do outro continuando a se tocarem em caricias mais calmas com a representatividade do foi muito bom. Beijam-se, cheiram-se e sentem o cheiro do desejo saciado nos lençóis e em seus corpos suados e ofegantes.


Sempre abraçados olham-se mais uma vez e beijam-se suavemente numa promessa que amanhã se amarão novamente em quatro atos.

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