sábado, 21 de janeiro de 2012

'BRABULETA EM FULÔ', por João Maria Ludugero


A mais bela fulô
não fenece nunca
todo santo dia se abre ao sol
do agreste, toda brejeira,
só pra me adornar o tempo
em novos botões e sorrisos
entre afiados cardos,
nos xique-xiques,
nas coroas-de-frade,
nas macambiras.
Mas não há fragrância
que me embriague mais 
que a da sua essência.
Nada solicita tanto meus olhos
que essa moça vestida de chita
que mais parece uma santa,
bonita que só vendo, 
toda florada
toda florida
fora do andor,  faceira,
com a saia rodada ao vento,
brabuleta de plástico no cabelo,
Ela dança segurando as tranças
Ai, meu Deus quem me segura,
Ai, quem me dera, entregar-me ao deleite,
de ficar prestes a cair
de vez no céu daquela doçura,
seria como me lambuzar de mel 
na primavera!

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