domingo, 17 de agosto de 2014

VIOLA EM LETRAS: VÁRZEA-RN: O INTERIOR DA CANTIGA, por João Maria Ludugero



VIOLA EM LETRAS: VÁRZEA-RN: O INTERIOR DA CANTIGA,
por João Maria Ludugero.



E assim lembrava minha filha Jordana:
- Num correr dentro e alto pelo interior,
Certa ocasião, meu pai João Ludugero
Pintou a casa toda de um ávido amar-elo alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos num lugar,
Como ele mesmo dizia, entusiasmado,
Constantemente varzeamado na lida:
- Oh, como amo a Várzea das Acácias!





VÁRZEA-RN: O POETA, A FLOR E OS ESPINHOS, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

VÁRZEA-RN: O POETA, A FLOR E OS ESPINHOS
Autor: João Maria Ludugero

Em volta de mim,
A mágica de viver a vida
De bem com a vida.
A terra em que piso
Que me dá flores
Que me dá espinhos
Só pra me ensinar
Que a lida é assim
Minha Várzea amada,
Meu lugar,
Meu chão
Que me dá chão,
Que não some com o tempo,
Não são movediços
Teus caminhos, tuas ruas
Ao redor de mim, de fato,
Segues inteira, completa,
Teu Significado, tua poesia
Teu nome prossegue ávido
Teus bons ares, teus ariscos
Teus efêmeros riachos de mel
Teu salobro rio, tua Vargem
Tuas doces cacimbas e açudes
Teu Calango verde-musgo



E outras lagoas compridas.

ALVORECER, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 

ALVORECER,
por João Maria Ludugero.


Daí, dia-após-dia,
depois de tantos sóis,
depois de tantas luas,
deixa-me VARZEAMAR sem medo da cuca,
mas não me distancies do Vapor da lida,
para que eu não me alvoroce sem trégua
deste tênue fio de alegria bem alvorecida
dos sustos do amor tecido que se acha
enquanto houver entre nós essa magia.


POÉTICA E INQUIETA SENHA: LUDUGERÁVEL! por João Maria Ludugero.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POÉTICA E INQUIETA SENHA: LUDUGERÁVEL! por João Maria Ludugero.


Sou um ente fascinado a correr dentro e alto pelo interior da lida. Tenho um olho contente que vive: sou um ser despachado, adoro escrever, amo a seara da natureza. Mas eu tenho um outro olho que mira o lado difícil, sombrio. A minha literatura nunca vai ser 'um nicho de seres que foram felizes para sempre'. A lavra de meus versos sempre nasceu da labuta, da astúcia do envolvimento e do conflito, da dificuldade, da saudade a devastar, dia-após-dia, o relicário do meu coração partido.
Nesse diapasão, já cheguei a pensar que um dos objetivos da escrita é instigar o leitor, fazendo-o revisitar conceitos e lugares silenciosos, onde seus passos não se arredam às bermas da lida e se dispõem a andar ao lado das mãos do escritor. Um esvoaçar sem roteiros definidos, onde a inspiração é a inquietude maior pela segurança do chão-de-dentro.
Tento entender a vida, os seus andrajos e andores, as viagens pelo mundo e seus mistérios e para isso vivo a escrever. Não conseguirei jamais entender, mas tentar me dá um enorme contentamento. Além disso, sou um homem simples, em busca cada vez maior de mais simplicidade. Amo a seara da vida, os amigos, os filhos, a arte, minha casa, o alvorecer. Sou um amador da vida que Deus me deu de presente, um afortunado, ou, que se diga, em alto e bom tom, sem carecer de senha para ser cabotino, pois sou o homem mais rico, o mais feliz em andanças a ganhar o mundo.
Viver é, para mim, uma dádiva, mesmo quando esbaforido. Eu gostaria que, na correria dos dias atuais, a gente pudesse se permitir, criar, uma completa e pequena seara de contemplação, um relicário de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, ânimo, dignidade, mais respeito, mais silêncio, mais vontade, bem-querer, afinco e prazer. Mais senso da própria dignidade, não importando idade, dinheiro, cor, posição, crença. Não importando nada disso. Afinal, a vida é um sagrado nicho de amor tecido a partir das viçosas e astutas vertentes da ousadia que nos faz destemidos e até em assanhar os pelos da venta! Zás! etc...

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