terça-feira, 30 de outubro de 2012

UM VESTIDO PARA KIRO, por João Maria Ludugero

Menina de Nova Canaã,

anjo de carne e osso,
da tua poesia brota o norte
que adocica o mel da terra,
quando trazes na boca 
o néctar da flor.
Da tua pele rescende pólen e cor,
criatura abençoada 
pela maciez dos dedos de DEUS.
És toda candura, suor e sal, 
és favo de sublime toque 
da alma em flor.
Bem te vejo a reinar
livre, leve e solta,
pés descalços 
tocando as nuvens de algodão,
sem arredar os pés do chão.
Diva menina, mulher, 
moça vestida de sonhos,
és canto, canário da terra,
és cena, palco e cenário...
És paisagem 
que descansa o olhar,
cabeça feita de AMAR, apenas 
sem promessas nem juras, 
um se deixar por si só
e SER 
bonita 
de verdade!

A LUA DE TAPIOCA, por João Maria Ludugero

Entre tantas lembranças,
a melhor é aquela em que 
todo mundo se reunia 
ao redor da mesa farta 
e a fartura adentrava no peito 
mais alegrando os que ali estavam 
com suas almas carregadas de sonhos, 
sobejando numa torrencial alegria 
bem apanhada em estampas 
direto das nossas caras 
de meninos medonhos. 
E a gente sonhava acordado com a lua, 
adivinhando o porvir olhando a cumeeira, 
saboreando uma tapioca recheada de coco 
como se fosse a lua que descesse quentinha 
se formando linda no fogão à lenha, 
e a gente brindava sob as achas acesas 
sem reparar nas descascadas canecas de ágata, 
tudo retratado na pacata memória, 
e a gente nem fazia pose pra fotografia 
mas alguma coisa dentro de nós dizia 
que naquele tempo a gente era feliz 
e sabia.

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