terça-feira, 6 de janeiro de 2015

VÁRZEA EM PLENA LUMINOSIDADE, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÁRZEA EM PLENA LUMINOSIDADE,

por João Maria Ludugero

Crescem os da minha Várzea...
Alvorece essa aquarela bruta
que dobra ao mundo os seus
alaranjados tons em flores de mulungu.
Cresço a andar, a correr dentro e a voar alto na tarde amena
que se irradia ao arrebol
sob a solene cantiga do bem-te-vizinho...
A minha seara varzeana emana poesia nua
a céu aberto, repleta de renovadas esperanças,
sob os raios de sol do Vapor de Zuquinha
a lusco-fuscar seus mais que pintassilgados tons
que seguem afoitos sob as outras asas
do canário-do-chão-de-dentro...
Deus distribui avidamente
patativas a esvoaçar ao arrebol.
Cheiros,
cores,
amores,
temperos
dentro das frondes verdejantes dos juazeiros...
Sem solavancos, o Supremo Pai do Universo
também esbugalha, além das quatro-bocas,
esse esplendoroso lume azul esfuziante,
a partir das duas imperiais palmeiras
da igreja-matriz de São Pedro Apóstolo!

CALEIDOSCÓPIO VARZEANO, por João Maria Ludugero

  
 
 
 
 
 
CALEIDOSCÓPIO VARZEANO,

por João Maria Ludugero

Assim atento em meu olhar astuto,
alheando-me a correr dentro e alto
e num ávido espreitar pela varzeanidade
foco o crescente lume do Vapor
ao lusco-fusco da tarde amena
sob o laranja em flores de mulungu,
num precoce caleidoscópio de luzes,
gotas e reflexos advindos
da seara de São Pedro Apóstolo.
Depois, concentro-me
no epitáfio desse dia
sob a margem do açude do Calango,
onde, de repente, vislumbro as inadiáveis
tardes da saudade que me invade o peito
e marejo os olhos d'água em dores ao arrebol
disposto nas vertentes lembranças da Várzea das Acácias...

SINGELA VARZEANIDADE, por João Maria Ludugero

 
 

SINGELA VARZEANIDADE,
por João Maria Ludugero

Para mim, a terna e singela beleza ideal
Bem se vislumbra na varzeanidade calma e serena
A andar, correr e voar dentro e alto a partir do alvorecer
Da simplicidade disposta no ávido reflorescimento
Do jasmim-manga da Várzea de Ângelo Bezerra,
Na bonita cantiga do bem-te-vizinho,
No alaranjado arrebol dos mulungus em flor,
No entardecer à beira do açude do Calango!

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