Depois de beber
no céu da tua boca,
estou a salvo inteiro,
no céu da tua boca,
estou a salvo inteiro,
meando-me ao fio do labirinto,
saciando meus olhos ao ensejo
de me achar perdido na cela
do peito movido por um amor
que me livra solto,
embalado assim na torre
seguro em tuas tranças,
andarilho anoiteço teimoso
a divagar pensamentos arteiros
no impulso de descansar no teu colo,
deitar no teu seio,
deleitarmo-nos
enamorados da lua...
E eu a recomeçar nos teus olhos
meus maiores almejos.