domingo, 25 de dezembro de 2011

REGOZIJO, por João Ludugero


Estalido de nervos 
à flor da pele,
lábios ardentes 
à espera do beijo
tremor da carne 
do coração aceso,
sem pavor histérico nem medos,
agarro-me ao teu orgasmo múltiplo,
ando no prumo imaginário da razão.
Descalço já não estou elétrico,
adentro no clima, 
em êxtase,
Danço sem mover um músculo.
Boto o ouvido no teu peito em febre
e lá de dentro 
eu escuto promessas
quando sinto um coração batendo forte
numa dança comedida do outro.
Explodimos em câmara lenta
num gozo esplêndido desde o céu
da boca onde passo 
a sentir gosto pela vida
onde tátil tento 
reescrever a lida.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal by @RosamariaRoma


Que nesse NATAL não haja apenas comemorações grandiosas.
Nem muitos planos e nem muitas expectativas.

Vamos olhar para o hoje
Sem lamentar o passado e sem ansiar pelo futuro.
Vamos viver o agora, ser feliz pelo que já temos.

Sem aquelas melancolias típicas dessa época do ano.

Neste natal, sorria para o seu filho, para o seu amor
Para os seus amigos, para os seus pais...

Deseje felicidade para cada pessoa que você não conhece.
E se for o caso, agradeça por não ter inimigos.

Neste NATAL entenda, definitivamente
Que a vida é mais que aquilo que se realiza num espaço de um ano.

E o tempo é muito precioso
E passa sempre muito rápido.

Que esse tão famoso “ESPIRITO NATALINO” ultrapasse as ceias
Os brindes, os presentes, as luzes, etc...

Que ESPECIAL não é a data em si
Mas as PESSOAS que amamos e o que elas representam.

Meus sinceros votos neste NATAL é que eu
Você e todo mundo entenda que a vida só acontece no momento presente.

E que vamos fazer dos nossos momentos
Mais do que simples momentos.

Vamos ser feliz!


Um beijo Sil e obrigada pelo carinho de sempre.
Feliz Natal aos leitores do Jardim dos Girassóis!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DE ANDRAJOS E ANDANÇAS, por João Ludugero


Ó rosa, porque trombuda
não percebes além do muro
que ora à rua perambulo
em andrajos
em andanças
trazendo a alma nos olhos,
qual é a sua?
Num cair de tarde desses à-toa
bem-te-vi numa boa onde moras
toda prosa, por cima do mundo.
Pensei em colhê-la só para mim,
mas matutei cá com meus botões,
como furtar o perfume da flor
se amanhã poderei vivê-la por inteiro
a me desabrochar em seus clarões
em forma de essências? 
- Mas o futuro vela... E, fielmente,
colhe as horas mais belas do presente
e delas tece o que fica além do efêmero! 
Pensei um pouco mais alto,
fiz-me girassol a entrar no clima,
despontando além do jardim
querendo acordar ensolarado,
revelando as pegadas e os passos
de um poeta louco de pedra
de se atirar na lua, em néctares
e uivar feito cão doido, não nego
confesso, feroz, furioso e feliz 
por saber que tenho uma casinha
como habitat: teu coração. 
E, assim, a gente poder ser cúmplice,
a domar a fera que nos traz no laço,
na régua e no compasso, 
o amor sem medida nem cortar fita
para desatar nós e cabrestos
que no peito apertam, 
de longe ou de  perto,
sem carecer encurtar as rédeas,
sem miserar o triunfo que sorri, incerto,
que logo será fumo, será pó, 
será cinza, e mais nada.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Domingo.

Um belo fim de tarde de domingo e das janelas vejo a natureza com suas imagens e sons.

Um céu azul mesclado com nuvens brancas, uma brisa leve e morna agitando suavemente os galhos das árvores.

Os bem-te-vis, pardais e cibitos cantantando e voando de árvore em árvore procurando se acomodar para a noite que está por vir.

Amanhã recomeçarei a velha rotina onde tudo é sempre igual, mas pelo menos a natureza continuará maravilhosa e bela.

Então, entre uma obrigação e outra, haverá um tempo para contemplar a brisa leve movendo os galhos das árvores e os pássaros em suas rotinas diárias voando e cantando.

Francisco Diniz.

sábado, 17 de dezembro de 2011

RIO DE CONTENTAMENTO, por João Ludugero

Muitas vezes
eu tenho a impressão 

de que algumas alegrias
chegam como ondas de um rio 
que vêm de dentro,
que começam no coração,
brincam de sol e de lua,
causando bem-estar ao corpo,
sentido nos ossos 
e olhos e,
instantaneamente,
levando clarão para a boca,
brilho para o rosto todo,
com duração para o resto
da vida inteirinha.
E essas ondas vêm à superfície, à tona,
e se a lida mostra algum obstáculo,
o rio responde, transmuda, muda
flui para o alto, dentro e ao redor,
mesmo que não seja visto, de certo,
ele simplesmente nunca se esgota. 
Ora estou disposto 
e livre para entrar nesse rio,
consentir-me a remar 
a nau que me leva
a escancarar meu riso 
de contente!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Peito Aberto



Um coração
Sem compasso
Um peito aberto
Que não sabe o que fazer
Com as flores
Que saem da boca
Nem das mãos vazias
Quando não estás por perto.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

QUEM É A DONA DOS PÉS DO RIACHO DA SAUDADE?, Por João Ludugero

Na minha Várzea das Acácias,
o rio Joca formava o poço dos Damas,
que ficava lá no riacho de água salobra.
parte da vida era levada na beira do rio
onde a gente lavava a alma
Ao dar mergulhos agarrados na coragem
de enfrentar a contra-corrente.
Num dia de chuva, por pouco não me deixei
levar pela enchente, por sorte
acho que a correnteza me era assim
tal qual uma conhecida amiga
que me empurrou para o outro lado do Joca.
De lá pra cá, me acostumei com as águas
e nunca mais tirei os pés do rio.
Por isso que ainda sinto salobra
a água morna molhar meu rosto:
É a saudade que se debulha
em meus olhos d'água.
Lembro quando minha mãe Maria
tocava seus pés na água rasa.
E, na memória ficou a doce lembrança
daquela terna imagem emoldurada.
Recordo-me que desde cedo
eu aprendi a nadar. Será?
Então se aprendi, porque que o meu peito insiste
em querer-me afogar nessas águas rasas?
Acabo assim marejado,
de olhar submerso em lágrimas,
pois sei que minha mãe Maria não vai mais voltar...
Mas quero guardar comigo 

aqueles instantes eternizados
em que a vi molhando os pés no riacho...
E, ao que parece, eles estarão lá para sempre,
porque sonho acordado com essa paisagem
que o rio emoldurou no cerne
do meu coração tão varzeano.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

TEIA, por João Ludugero


E lá te vens assim
toda fagueira,
lambendo os lábios,
com olhos de tear,
fazendo a corte
só pra me atrair,
a fim de cópula ligeira, voraz,
e eu, afoito, só calo minha língua
ao me fiar nas curvas do teu céu
eu consigo penetrar em tua teia
dentro e alto a tatear em plenitude
o que me prende ao desafio
de me emaranhar satisfeito,
o que me apraz sem titubear,
o que me faz perder a cabeça,
consentido me achar sem juízo,
é sim o regozijo
de chegar ao paraíso
ao me achar amor/tecido
entretido assim
em esplêndido êxtase
em tua boca
de tarântula!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Luiz Gonzaga.

Minha homenagem a cultura do povo nordestino que teve na música Luiz Gonzaga, o maior representante do orgulho de ser nordestino.

Ele cantou o nordeste como ninguém jamais havia cantado e plantou sementes que para sempre vão gerar “frutos seguidores”.

Parabéns seu Lua, Luiz Gonzaga, pelos 100 anos do seu nascimento.

Francisco Diniz.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"THUNBERGIA ERECTA", por João Ludugero

Quando o sol cai na tarde lilás,
as tumbérgias azuis mais parecem roxas
delicadas invadem o tapete verde
e se alastram pelas cercas vivas
eu percorro teus olhos vicejantes
nessa beleza que acesa se espraia
e fito o glamour de um amor estranho
desses que não têm medo de pecar e se soltam,
e pagãos invadem as veredas da alma que geme
afoitos a desbravar a carne trêmula do peito,
afetos e conquistas de quem não teme o salto
não é mais estranho o amor então
a paixão de antanho soçobra, 
vigora o amor sem pressa ou desvario
entre seres que nem mais estranhos são
num amor de aurora boreal
como nunca dantes visto, e dançam
ornados por tiaras de louros e perfume
em fosforescentes auréolas em anjos ávidos,  
silvestres heras em coroa de tumbérgias
a irradiar o vibrante miolo da flor
sob o sol-coração dourado
a adornar o céu das nossas cabeças,
alinhadas com a preciosa inspiração
do regozijo que ascende nossos corpos fagueiros
a se embrenhar nunca vãos
em essenciais e versáteis fantasias. 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Livrarias



Esses lugares mágicos
Ricos do que há de mais impagável
Conhecimento, cultura
Política, atualidade,
Bobagem.

Livrarias são fantasias da vida
Meu lugar favorito,
Paraíso

Livrarias salvam
Curam,
Alimentam.

Livrarias, são meu sonho de menina
Fantasia.

São ainda o sonho da mulher adulta
Que degusta livros
Com a urgência do enfermo no leito de morte
Clamando vida.

Pra mim,
Livrarias são a vida!
Minha fuga,
Refúgio,
Ponto de encontro
Êxtase individual
E transferível.

Livrarias são mundos
Que me libertam da realidade
Onde encontro poesia
Arte
Magia
Alegria
Sanidade - a minha -

Livraria é vida









terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Amor - Silvério Reis


O amor faz de todo mundo um grande poeta e,
se o amor não puder fazer de você um poeta,
então nada o fará.

O amor abre uma dimensão totalmente diferente em seu ser.
Sem ele você permanece confinado ao mundo da lógica.
Quando o amor começa a acontecer em sua vida,
a lógica começa a desaparecer,
acontece uma transcendência da lógica.

É por isso que a mente lógica sempre
chama o amor de loucura, de cegueira.
A lógica sempre condenou o amor,
chamando-o de cego, de louco.
Chama-o de tudo quanto é nome pelo simples motivo
de que o intelecto é incapaz de concebê-lo.

O amor é um mundo totalmente diferente.
Nada tem a ver com aritmética, com lógica, com ciência.
É imensurável, um território desconhecido.
Ninguém sabe exatamente o que ele é.

Mesmo aqueles que mais se aprofundaram
nele ficaram quase mudos — ele é inexprimível.

Mas a experiência é grandiosa, tão extática
que explode de diversas maneiras.
Pode explodir em dança, em música, em poesia,
em pintura, em qualquer tipo de criatividade.

O amor é sempre criativo.
E o mundo tem sido tão destrutivo simplesmente
porque ensinamos as pessoas a reprimir a energia do amor.

O amor reprimido se torna destrutivo.
O amor exprimido se torna criatividade.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

EU-MENINO, por João Ludugero


Esse menino vive assim...
esperto se bole todo, se estica 
se mexe sem parar, se toca
agita a bula da vida, a punho,
desfaz a trança da rapariga
amarra o rabo da lagartixa
mexe com a gente, pé de vento
atento se apanha a sonhar  
acorda, espicha a vontade doida
de viver que abunda.
sincero sacode as cadeiras, 
depois de muitos sóis, gira o mundo
astuto ainda bota o pé na lua,
causa alvoroço esse brincalhão
saltando com seus traques e rojões
serelepe saracoteia, não se acanha, 
ao redor da fogueira que atiça 
sem precisar de relógio de pulso
para despertar, não debanda 
sopra as cinzas,  faz faísca e arengas
acende as achas, assa a batata e se assanha
sapeca uma espiga na brasa
não esquenta o assento, e zás! pica a mula
chispa capoeira adentro solto como um raio,
não teme verrugas por contar estrelas
esse moleque sem papas na língua
traz no olhar de estilingue
um coração de passarinho, 
que banca o menino travesso, malina  
mas que traz na veia o sangue bom,
que não está à mercê de merecer castigo,
mas que verdade seja bem dita:
coitado do papa-figo, num piscar de olhos, 
ele traz o bicho na linha, na marra
não leva desaforos pra casa
não morre à míngua,  de certo
dá nó até em pingo d'água,
sobrevive às sacudidelas da lida,
trepa no coqueiro sem se arrebentar 
desapeia, quebra o coco e raspa a quenga
e, bem antes de bater o catolé, 
já incendiou a catemba, arre égua!
só pra fazer seu churrasquinho de gato.
Eita moleque arretado da mulinga! 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CASA-DE-TAIPA: UM POEMA PARA TANGER FELICIDADE AO INTERIOR, por João Ludugero


Minha casa fica lá no interior
é tão modesta, tão singela minha tapera
tão simplesinha dessas com apenas porta
e janela que não carecem de trancas,
precisando só de uma tramela.
na minha casa o alicerce é feito de taipa,

divisórias de barro, areia e escoras
o chão peito de saibro socado, batido,
é coberto de cimento queimado, quase encarnado,
as paredes são caiadas de branco
sujeitas a intempéries, sóis e chuvas,
ventos uivantes, luas e trovoadas
e a mobília? tão tão pobrezinha, mas suficiente:
uma mesa, uns tamboretes e uma cama de juncos
Na cumeeira guardei meus fantasmas de outrora
mas, nela também vislumbro as estrelas
nos caibros há cinzas das horas idas
na cozinha, hás tisnas na parede do fogão à lenha
há feijão na panela, café no bule, farinha no saco
carne de lata, araruta e brotes
na sala de estar não tem estante,
mas os sonhos nunca são estanques
estão em cada recanto ou na algibeira 
há outras quimeras, em cada canto uma reza
com mesa farta de credos, devoção e flor 
dentre esperanças e promessas
o telhado traz formato de livro aberto
com frestas de luz e cascas
de laranja secas dependuradas no teto
para acender o fogo da lida
que nunca mais se apagou sequer um dia,
depois que descobri sem precisão de espelho,
que eu, o dono da casa, sujeito humilde com jeito de mato,
 era mesmo sim um rico proprietário
 trazendo o semblante contente de dono do mundo,
mesmo sem guardar ou herdar
um milhão em botijas de ouro,
sendo como é dono de uma paz infinda
que nenhum dinheiro pode comprar.
Então, pra quê angariar maior legado, me diga,
se na verdade ora não caibo em mim
ao tocar no chão da minha Várzea, meu tesouro,
tangendo a burrinha da felicidade?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ter esperanças é realmente esperar?



Todo medo, toda angústia é fundamentada.
Não surge do nada, simplesmente por surgir.

Plantamos angústias, preocupações, cobranças
Que nem sempre somos capazes de resolver.

Ter esperanças é realmente esperar?

Eu não sei a resposta
Mas sei que não vou esperar para tentar mais uma vez.


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um Jardim de Girassóis Especiais


Era uma vez, uma jardineira muito sensível.
Amava plantas, flores, jardins, natureza e, principalmente Girassóis.
Ela era uma moça de bom coração, cuja vida, nada fácil em seus muitos percalços, foi moldando de forma profunda e detalhada, o caráter, o coração, a emoção e, principalmente a sensibilidade. Essa moça é uma raridade...uma guerreira disfarçada de jardineira. É boa em cultivar amizades, cativar amores, escrever sentimentos, vivências, poesias, alentos em letras que a tantos contagia. É uma moça de grande valor e sentimento. Garimpeira de talentos em letras, foi juntando girassóis pro seu jardim, um tão lindo quanto o outro...diferentes entre si, cada um com sua entonação, seu brilho, seu valor, contribuindo sempre e cada dia mais para embelezar o lindo jardim.
A esta moça valorosa, querida e forte, ofereço minha gratidão, minha honra e minha sincera amizade, por me permitir ser um dentre seus lindos girassóis...ofereço hoje, minhas flores prediletas, rosas...vermelhas, como sinônimo de amorosidade, gratidão, poder e paixão  (sentimento tantas vezes descritos e escritos nas linhas de nosso jardim). Ofereço rosas com a certeza que lhe trarão o ânimo necessário para construir e gerir tudo quanto se proponha a fazer, em qualquer tempo e em qualquer setor que a vida lhe encaminhe.

Com todo meu apreço e gratidão, te desejo Sil, toda felicidade do mundo seja lá qual for a nova estrada. Que os caminhos estejam sempre abertos e que sejam, eventualmente cercados por girassóis para embelezar ainda mais teus dias. Força e Luz, minha queria amiga jardineira.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um belo jardim.

Oi Sil.

Um jardim deve ser cuidado com carinho, aparado sua grama, retirado suas ervas daninhas, podado suas plantas e regadas todos os dias. Acima de tudo deve tratado com o carinho de sua dona e por aqueles que ali descansam seus olhos.

Seu jardim é tudo isso e deve continuar sendo assim. Caso suas mãos estejam calejadas e sem forças para a grande tarefa de cuida-lo, deixe que aqueles que o apreciam cuidem dele por você até que possa retomar sua linda tarefa.

Francisco Diniz.

À AMIGA SILVILLAS-BOAS

Há pessoas que a gente conhece e esquece.
Há aqueles que são parte da gente e não merecem.
Tem gente de todo tipo: perto da gente e tão longe,
A léguas e léguas longe da gente e bem perto.
Tem gente que ainda nem sabemos,
Mas já deixou saudades.
Como seria bom se eu pudesse escolher...
Guardaria a pouca gente que me deixa contente
No bolso de tesouros e pedras preciosas 
que ainda carrego no interior do meu peito
E que me animam só de pensar: 
Ter amigos sinceros 
é a melhor coisa que existe!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Olhos Azuis - Sil Villas- Bôas



Queria poder imaginar o que escondem os teus olhos azuis.

Se eles trazem verdades sem artifícios, ou mentiras enevoadas

Será que neles se encontram sonhos, ou estes se perderam nos cortes e 
feridas da alma. 

Será que nos teus olhos azuis já existiram sentimentos? Ou a total ausência deles?

Queria possuir o poder de entender o que está escondido, atrás dos teus olhos azuis. 

sábado, 26 de novembro de 2011

Olho gordo - Francisco Diniz

Tem muita gente que não acredita em olho gordo, mas podem acreditar ele existe.

Durante minha vida vi muita gente sofrendo da inveja dos pequenos de caráter e pobres de espírito. É a eterna luta do bem contra o mal e nada muda essa lei da natureza humana.

Esses dias um amigo foi vítima desse tal de olho gordo e até ele descobri que esse era motivo, o processo foi demorado e dolorido. Ele ficou adoentado por quase um mês e nada justificava a falta de forças e dores que sentia.

Até que um dia ele se lembrou que havia recebido em sua casa uma pessoa que em determinado momento o olhou com um olhar muito estranho, um olhar daqueles que só os que estão possuídos por forças maléficas possuem.

Numa conversa com esse amigo ele me citou o ocorrido e perguntou-me o que deveria fazer para quebrar esse olho gordo que fora vítima. Eu, que em certas ocasiões fui vítima do tal do olho gordo, recomendei ler na bíblia os salmos 23, 27 e 91 e orar com muita fé a Deus pedindo sua proteção para que quebrasse esse olho gordo, curando suas dores e aflições.

O resultado foi que depois que meu amigo fez o que orientei no outro dia já estava bem melhor. Dias depois, nem parecia que estivera se sentindo tão ruim.

Não existe força maior que o poder da oração e a fé em Deus, quem duvidar que experiente e veja o resultado. 

CHÃO DE DENTRO - João Ludugero

 O lavrador ara o solo
das mãos lança a semente
o sol aquece o vapor
que carrega a nuvem
cheia do céu,
a chuva cai de vez, tromba d'água,
o rio Joca se alarga na enchente,
inunda a vargem
espalha cheiro de terra molhada

encanto de sapos, caçotes e jias
alegria que se expande
pelas quatro bocas,
pelos quatro cantos,
apesar do suor e da mão calejada
labuta em renovar a peleja
que alimenta a esperança,
luz que banha de verde o sonho,
o leirão e o pé de feijão,
bem antes do meio-dia

a pino o sol se desabrocha 
lavoura em flor de algodão,
sobe o som do afiar 
das enxadas de ferro...
santa é a cantiga

que fecunda a Várzea,
as árvores florescem,
os frutos crescem
em reverência ao chão 

que se alastra em promessas 
por um agreste verde.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Para sempre - Rosamaria Roma



Você e eu
Frente a frente

Em uma mistura de medo e  desejo
Desconfiança e esperança
Grito e silêncio
Gelo e fogo

Você e eu
Frente a frente

Um confronto
Onde encaro meus erros 
Minhas razões
Verdades, ilusões e fragilidades
Poder, liberdade...
Meus limites

Você e eu
Frente a frente

Toda o fervor deste amor
Todo o amor desta vida

Em todo ti
Que existe em mim
Em todo para sempre
Que existe em nós.
 

Minhas Flores desabrochadas

Visitantes do meu Jardim

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