Quando o sol cai na tarde lilás,
as tumbérgias azuis mais parecem roxas
delicadas invadem o tapete verde
e se alastram pelas cercas vivas
eu percorro teus olhos vicejantes
nessa beleza que acesa se espraia
e fito o glamour de um amor estranho
desses que não têm medo de pecar e se soltam,
e pagãos invadem as veredas da alma que geme
afoitos a desbravar a carne trêmula do peito,
afetos e conquistas de quem não teme o salto
não é mais estranho o amor então
não é mais estranho o amor então
a paixão de antanho soçobra,
vigora o amor sem pressa ou desvario
entre seres que nem mais estranhos são
num amor de aurora boreal
num amor de aurora boreal
como nunca dantes visto, e dançam
ornados por tiaras de louros e perfume
em fosforescentes auréolas em anjos ávidos,
silvestres heras em coroa de tumbérgias
a irradiar o vibrante miolo da flor
sob o sol-coração dourado
a adornar o céu das nossas cabeças,
alinhadas com a preciosa inspiração
do regozijo que ascende nossos corpos fagueiros
a se embrenhar nunca vãos
em essenciais e versáteis fantasias.
8 comentários:
Sempre bom ver o nosso João por aqui. Linda flor, fica entre o real e o imaginário.
Profundo y bello poema, desde tu preciosa inspiracion.
feliz fin de semana.
un abrazo.
João
Muito 'maravilindo' teu poema. Grata por postá-lo aqui no Jardim.
Bom domingo
Sil
Pude degustar cada detalhe da cena e permear as sensações de encanto por meio de suas palavras...
Seus poemas trazem luz em cada verso, João!
Parabéns!!
Beijos!
Muito obrigado, Nanda, pelas palavras tão gentis. Hiper abraço.
João.
Ricardo,
Ótima semana para ti. Volte sempre,
o jardim dos Girassóis agradece. Abraços,
João.
Querida Sil,
É sempre muito gratificante ter seus coments primorosos. Sinta-se à vontade nesta sua casa. Obrigado por tudo, sempre. TE ADORO!
Beijos.
Taty querida,
Que bom que você gosta da minha poesia. Obrigado pelas doces palavras, pelo apoio e incentivo de sempre. Mega abraço.
João.
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