terça-feira, 1 de novembro de 2011

ANDARILHA - Cláudia Costa



A mulher que em mim habita
Habituou-se a ser ilha
Sem outros habitantes
Recebendo eventuais (e poucos) visitantes

Esta mulher que me habita
Guarda em mim também,
Menina.
Travessa, linda, solta
Vadia

Mulher e menina
Encontram-se na vida
Transformam certezas
Transbordam emoções

Menina e mulher
Vadias, livres, donas de si
Vivem juntas suas alegrias
De mãos dadas, saltos altos
Sentem medos e dão risada
Gargalhadas.

Trabalham
Viajam
Brincam
Vivem
Surpreendem-se!

A mulher já não é ilha
A menina já não tem medo.

Seguem juntas
De mãos dadas
Andarilhas curiosas
Nessa aventura sem fim
Que chamam

VIDA.

5 comentários:

Sil Villas-Boas disse...

Seja menina
Seja mulher
Ilha, Montanha, vulcão, Girassol.
Seja tudo que quiser
Mas você já é Infinitamente....
Poeta

Batom e poesias disse...

E não é assim com todas nós?
Gostei muito, Cláudia.

bjs
Rossana Masiero

Luna Sanchez disse...

Familiar. Muito.

Gostei.

Um beijo.

Tatiana Kielberman disse...

Adoro muito conhecer essas "tantas" que convivem tão intensamente dentro de você!

Gosto de aprender com elas, de tirar o maior proveito das grandes lições que trazem e, principalmente, de estender a mão para nos guiarmos em meio a essa imensidão sem fim chamada realidade...

Ou, melhor dizendo, realidades, já que a vida é repleta de muitas delas!

Amei demais o tom, o verso e a essência do seu poema... Uma leve reflexão que eu precisava para o dia de hoje!

Beijo enorme, com carinho!!
Amo você!

Anônimo disse...

E qual de nós não tem outras tantas habitando em nosso íntimo, não é mesmo? rs

Adorei seu versar carissima, me fez olhar para mim mesma.

bacio

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