domingo, 21 de julho de 2013

TEIA, por João Maria Ludugero.

Dentro da agitação do dia

A voraz aranha tecia alto
A sua rede esfuziante
À espera da presa ouriçada
E depois, dormia...
Com cara de inocente,
Na calada da penumbra
A aranha se assanha que sonha,
Desejos tecia à torta e à direita,
De todos os lados, 
De banda ao desbunde...
E em sua rede vislumbrada
Encontra o louco amante.
Depois, o prendia sem trégua,
Em seus gemidos dilacerantes...
Abraços, laços e…desates 
Ao final, na conjectura do amor
Em êxtase, a aranha arteira,
Docemente, só ria, medonha!

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