sábado, 21 de dezembro de 2013

À Minha Mãe Maria Dalva, por João Maria Ludugero


À Minha Mãe Maria Dalva - por João Maria Ludugero.



Quando a noite chega,
Sinto falta da tua mão
A me endireitar 
No leito dormente a me acobertar.
Mão que não me chega mais
A secar o suor do meu rosto febril,
A apertar minhas bochechas
Vermelhas das traquinices do dia.
Mão que me fazia cafuné
A me acalentar das agruras da lida
Ao me tomar a devida lição de casa
A me fazer os apontamentos,
A me ditar como seria a vida,
A me ensinar como se escrevia amar
Ao conjugar o maior amor do mundo, 
A partir do calor da tua mão
A me adormecer as dores,
A me curar os cortes e os arranhões
Com um simples beijo,
A falar baixinho das fantasias
E devagar me acariciar,
Só para que não despertar 
Tão cedo ainda
O seu eterno menino.
E, assim, mesmo sabendo
Que não vais mais voltar,
Ainda sinto tua mão a me acalmar
E sei que terna ela ainda me chega
Quando a seguro mesmo invisível
Destra a me orientar.
Daí procuro a nascente 
E adormeço confiante
A papar meus bichos de criação,
Sem medo dos monstros,
Ouvindo-a me ninar,
Nela minha mão depositando.
Nem dá pra estimar
Quanta saudade que sinto
Do meu anjo da guarda,
Que ainda tanto me sentinela
Pela vida a dentro.

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