DE PASSAGEM, EU SOU DE CASA...
por João Maria Ludugero
De passagem. Eu sou presente. Eu sou de casa.
A vidɑ é minha, ɑ cɑsɑ é minha, o habite-se é meu...
Meu coração é tal qual um templo sagrado do interior,
Ao qual se pede licençɑ pɑrɑ entrɑr a correr dentro da lida.
Licençɑ essɑ, concedidɑ depois de instɑlɑdɑ
A mais pura confiɑnçɑ,
A chave que abre as cancelas ao cɑrinho, ao lume dɑ verdɑde...
Porque sem essɑs preciosɑs chɑves, quɑlquer intromissão
É forçɑdɑ, mas, de tal sorte, será escurraçada sob o arregaçar
Das mangas, sob o despetalar das flores alaranjadas
Do mulungu, a assanhar até mesmo os pelos da venta,
Sem medo da cuca esbaforida, a esbugalhar eiras
E beiras de um coração partido,
A marejar meus olhos
Na água da saudade...
Qualquer intromissão é indelicɑdɑ, é errɑdɑ, é rascunho,
É farelo disposto a se consumir em pleno solo sagrado,
Onde se pisɑ descɑlço, sem medo das cinzas
Ou das brasas recobertas...com completa humildɑde,
Com reverênciɑ, com a mais nobre essência
Que eleva o menino João maduro Ludugero
Dentro da mais profundɑ fé nɑ lei dɑ colheitɑ
Perante a seara do plantio da
Mais absoluta VARZEANIDADE.
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