terça-feira, 17 de maio de 2011

Encontros

O frio da estação não impede que os corpos se encontrem e no tocar, pele com pele, faíscas de calor corpóreo iluminam as quatro paredes...
A química flui. A música romantiza o momento.
Dois corpos nus engalfinhados na busca do mesmo objetivo. Braços, pernas, mãos, tudo se confunde, tudo se funde.


O ímpeto se eleva e nas alturas o clímax se faz sentir.
Loucura, luxúria, sexo, prazer.
Não há mais palavras. Não há mais gestos. Não há mais disputas. Não há mais buscas. Não há!!


Ao fundo o som daquela música, a luz fraca do abajour e as taças vazias, mas que, ainda, exalam o perfume do néctar que Bacco deixou.


Por: Paulo Diesel



"Não há paixão mais egoísta do que a luxúria."

Marquês de Sade

9 comentários:

Sil Villas-Boas disse...

Lindo poema, Paulo. As paixões sempre nos despertam lindas sensações interiores. Libertam nossos medos, acalmam nossos anseios. E alimentam nosso fogo que arde infintamente em cada instante da perfeita interação de dois corpos. Adorei
Parabéns.
Bjusss
Sil

João Maria Ludugero disse...

Bacana este seu poema.
Este encontro entre quatro paredes
Faz muitos corações se desencantarem, mas, na verdade, se química há, não pode ser diferente: o enlace acontece de tal molde que não há mais desafetos, não há mais desavenças.
E o que resta são apenas nós a ser desatados, numa cumplicidade que não carece de cortar alianças. Elas se encaixam mesmo que não sejam de ouro. E se um dia ficarem pequenas, poderão ser enlarguecidas a fogo, e mesmo assim, continuarão novas, feitas a ouro que não envelhece, apenas se amolda.
Que bacana é se encantar, embriagar-se ao tragar a alma com doses de poesia.
Abraços,
João.

Sandra Ribeiro disse...

Linda poesia e imagem, como já é regra em teu blog, parabéns!

Cris de Souza disse...

salve, salve!

bendito bacco...

Rosamaria disse...

Paulo querido.

Somos seres movidos pela emoção, pela paixão, pela vida.

Lindo o contexto, a forma descrita, tão cheia de sutilezas.

Gostei.

Beijão!

francisca disse...

Para que o término seja triunfante e unidos gritarem
Sem nenhum pudor pois o clímax é o tempero do amor.

Parabéns Paulo!
Lindo Poema! Beijos

João Maria Ludugero disse...

Olá, Franscisquinha.
Gostei do que disse. Que gritemos mesmo, escancaradamente, sem pudor. Gosto dessa coisa rasgada, desbragada, de arregaçar a alma, de frente e verso, e até pelo avesso ou vice-versando. Amar vale a pena, da forma que for...De qualquer maneira vale a pena o Amor! Tim-tim ao clímax, ao orgasmo total e múltiplo com toda a embriaguez que a vida possa nos oferecer. Isso é lindo demais, é bacana!
Abraços,
João.

Tatiana Kielberman disse...

Uau!!!

Encontros calientes, que acendem a chama da alma...

Lindo, Paulo!

Lindo e sensível mesmo!

Beijo carinhoso!

Unknown disse...

Que estação maravilhosa essa:

Propicia encontros
Luz de velas
Lareiras
Aquecedores de corpos
Paixões lânguidas
Meia luz
Vinhos...

E, sempre, muito amor...

É uma delícia quando as disputas ficam de lado...

Adoro ler você! Sempre uma delícia escondida entrelinhas.

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