Meia noite. Noite inteira. Escura noite.
Vestido longo preto com um corte lateral. Capuz na cabeça de um rosto assustado.
Corrida ladeira abaixo, mal iluminada.
Observo a pressa.
O cão rosna deitado na sarjeta ao sentir o vácuo criado pelo vulto negro a correr.
Enfim, abre a porta do edifício Estela, olha para trás como que a conferir se a estavam seguindo. Fecha.
Sobe e lá de baixo vejo a luz do 303 ligar.
Desisto e continuo minha caminhada. Passos abaixo um barulho faz-se ouvir.
Volto-me a tempo de ver um corpo feminino estatelar-se no chão.
Agora é que o mistério re/começa.
3 comentários:
A mistura de poesia e mistério é surpreendente. Parabéns!
Paulo, querido...
Adoro sempre viajar pelos encantos dos seus mistérios!
Parabéns!
Beijo carinhoso!
Adoro um mistério!
Beijos poeta.
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