segunda-feira, 27 de junho de 2011

No dia

Por: Paulo Diesel


No dia
Em que a chuva cair
e não molhar
Em que o sol aparecer
e não aquecer
Em que estiver cheio
e não derramar


No dia
Em que o céu estiver estrelado
e não iluminar
Em que estiver com raiva
e não se queixar
Em que estiver cansado
e não parar.


No dia
Em que existir um poeta
e não poetar
Em que existir um profeta
e não profetizar...


Vou comprar uma arma
e não vou me matar...

5 comentários:

annafonsecca disse...

Bela reflexão!
É como viver anestesiado! A vida que poderia ter sido e que não foi!

Anônimo disse...

é como se a vida não fosse "vivida", apenas passam-se os instantes.
lindo poema, adorei o desfecho rs.

bom dia

Sil Villas-Boas disse...

Paulo

Fico agradecida em você compartilhar aqui no Jardim tuas preciosas letras. Mais um lindo e maravilhoso Poema plantado aqui hoje.
Bjusss
Sil

Tatiana Kielberman disse...

Muitas vezes, se temos a arma por perto, corremos o risco de nos seduzirmos por ela...

Perigo à vista!

Beijos, Paulo querido!

Marília Felix disse...

Paulo, no dia que eu te conhecer vou te entupir de abraços!

:))

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