Autor: João Ludugero
Eu careço ir ao fundo do poço,Quero ir com o balde
Dependurado
Descer junto à corda da roldana.
Quero ir chafurdar
A água lá no fundo,
Bem lá do fundo do fosso,
Sentir a tempestade alta a passar
A ganhar outros ares e se evolar
Nas asas da ventania.
Que venha o turbilhão, de súbito,
Mas que seja único, sem túnica.
Que me encharque toda alma troncha.
Mas depois me traga de vez a calma,
Mas que seja único, sem túnica.
Que me encharque toda alma troncha.
Mas depois me traga de vez a calma,
O fio e a meada a arrematar os acordes
Do meu coração desalinhado em dó.
Tudo por culpa de mais um amor que matei,
E que ora me deixou de queixo caído,
Boquiaberto, até botei a barba de molho.
Mas fazer o quê, me diga, se outro vai chegar?
E assim vai pintar outras cores,
Porque esse danado do amor,
Apesar das perdas e danos,
Vale a pena vivê-lo de novo,
E por ele, tantas vezes, perder a cabeça.
Acho até que esse danado do amor
Tem muito mais que sete vidas.
E haja fôlego!
4 comentários:
Ah O amor...
Esse devasso
Chega de manso
Coloca tudo do avesso
Faz chamego
Envaidece
Vicia
E muda
Larga tudo,renuncia
Grita, chora, morre
Ressuscita...
Recomeça...
E lá vamos nós...felizes novamente
Cometer as mesmas sandices...
Com fôlego totalmente renovado!
Adoro ler você Lud!! Um fôlego sem fim...
... muito mais que sete vidas...
E esse Amor
Vai, volta, dilacera e corta
E faz rir, e faz chorar,
E faz sofrer e ter saudades
E no fundo, nunca, nunca, nunca,
Deixamos de o Amor, Amar
Lindo poema
Bjusss, João
Sil
João, querido...
Sempre mágica e encantamento em seus versos!
Adoro!
Beijo grande!
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